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Atletas de Toledo representam o Brasil no Pan-Americano

Duas atletas de Toledo, cidade do Sudoeste do Paraná, vão integrar a comitiva brasileira que vai disputar os jogos Pan-Americanos de 2011, de 12 a 18 de outubro, em Guadalajara, no México. Angélica Kvieczynski e Natália Gaudio estão treinando duro na ginástica rítmica para trazer medalhas para o Brasil.

Angélica, por exemplo, fará nesta quinta-feira, 6, um treino pódio no Rio de Janeiro. A atleta vai apresentar quatro séries e será avaliada pela técnica, Anita Klemann, juntamente com as demais professoras de GR da Sadia/Prefeitura de Toledo/Sesi, onde treina. A apresentação será no Centro de Treinamento do Sesi, a partir das 16h.

Com 20 anos, esta menina franzina já uma veterana em competições internacionais. É a segunda vez disputa o pan: a primeira foi no Pan do Rio de Janeiro, em 2007, quando estava entre as ginastas mais novas na competição, classificando-se na sexta posição no individual geral.

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Mais experiente, depois de ter participado de várias outras competições nacionais e internacionais, Angélica espera conseguir uma medalha no Pan do México, a exemplo do que já conquistaram as colegas de equipe da Sadia/Prefeitura de Toledo/Sesi Ana Paula Scheffer e Nicole Müller. Ana Paula competiu no individual e ficou com a medalha de bronze no arco, enquanto Nicole integrou o conjunto que conquistou três medalhas de ouro na competição. “Estou treinando bastante e muito confiante. Espero trazer medalhas, pena que a disputa não será no Brasil, como em 2007. Em casa tem o calor da torcida”, afirmou.

A atleta viaja no próximo dia 7 para o México, iniciando um período de aclimatação antes da disputa. Ela vai participar do Pan integrando a seleção brasileira individual, juntamente com Natália Gáudio, sob o comando da técnica Anita Klemann, que avaliou o desempenho da ginasta no Mundial e a sua preparação para o Pan. “Tanto a Angélica como a Simone foram muito bem no Mundial da França. Angélica melhorou o seu desempenho em relação as competições anteriores e a Simone fez a sua estreia no Mundial e surpreendeu, ficando em segundo lugar entre as atletas brasileiras na competição”.

Para Anita, Angélica fez apresentações maravilhosas no arco, maças e bola e cometeu alguns erros na fita. Ela destacou, no entanto, que são quatro dias seguidos de competição, o que é muito desgastante para qualquer atleta, independente do seu preparo físico ou psicológico. A série de fita, que a melhor da Angélica, foi apresentada no terceiro dia.

“É o estresse da competição”, comentou Anita, citando o caso de outras ginastas de renome que tiveram problemas neste dia, em função do desgaste natural de uma competição como esta. Além disso, logo no início da série a ginasta enroscou o estilete da fita na faixa de identificação que as ginastas são obrigadas a usar no pulso. “Com certeza isso também atrapalhou”.

Para ela, o desempenho da seleção brasileira individual foi muito bom, com melhores resultados, se comparados aos anos anteriores, o que demonstra que a ginástica rítmica vem crescendo no Brasil. Ela avaliou, no entanto, que é necessária uma política de atuação que permita a participação das ginastas brasileiras em mais competições internacionais, preparando-as e tornando-as conhecidas mundialmente.

“Para o Brasil isso é muito difícil pela distância. Precisaríamos morar na Europa para assegurar a participação em todas as copas e grand prix mundiais”, acrescentou, ressaltando que as primeiras do mundo entram na disputa como se estivessem participando de um treino, tamanha a familiaridade com estas competições. Neste ano, al&eac,ute;m do Mundial da França, Angélica participou apenas de duas outras competições internacionais, o de Calais, na França, e de Portimão, em Portugal.