Falha na frente

Queda de rendimento do Athletico passa pelo baixo aproveitamento do ataque

Vinícius Mingotti foi titular em quatro dos cinco jogos do Athletico no Brasileirão, mas não marcou gols. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

O Athletico visita o São Paulo nesta quarta-feira (26), às 19h, no Morumbi, buscando pôr fim à sequência de três jogos sem vencer neste Brasileirão.

Para isso, entretanto, o técnico Dorival Júnior terá que resolver os problemas ofensivos apresentados pelo Furacão. A equipe marcou apenas um gol nos últimos três jogos, tendo passado em branco nos últimos dois.

Não que o ataque seja a única preocupação. O setor defensivo passa por uma reformulação. Mas as atuações na linha de frente nas derrotas para Palmeiras e Fluminense, ambas por 1×0 e na Baixada, acendem o sinal de alerta.

Athletico tem a posse de bola, mas finaliza pouco

Quando joga, Carlos Eduardo é bastante acionado, mas pouco efetivo. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

O Athletico teve maior posse de bola nas cinco partidas que disputou até o momento nesta Série A. Inclusive nos três últimos jogos, todos com derrotas, para Santos (68% de posse), Palmeiras (55%) e Fluminense (65%).

Ao mesmo tempo, o time teve dificuldades em criar chances claras e o ataque pouco finalizou. Foram apenas duas finalizações contra o Peixe, nenhuma contra o Palmeiras e cinco contra o Flu. As estatísticas são do site especializado Sofascore. Ou seja, o Furacão chutou a gol apenas sete vez nestes três jogos.

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Athletico ainda busca peças ideais para reverter seca de gols

Pedrinho se destacou pelos aspirantes no Paranaense, mas ainda não teve muito espaço no time principal. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

O Rubro-Negro busca desde o início do ano completar o vácuo deixado pelas saídas de Marco Ruben, Rony e Marcelo Cirino, titulares no ano passado.

Bissoli surgiu bem nos primeiros jogos do time principal, enquanto jovens como Vinícius Mingotti e Pedrinho apareceram com destaque vindos da base.

Mingotti, por sinal, foi titular em quatro das cinco partidas na Série A. Contra o São Paulo, o time pode ter o retorno de Bissoli e a entrada de Pedrinho. Apesar de talentosas, as promessas ainda são inexperientes e a tendência é que oscilem durante as partidas.

Walter e os reforços “cascudos” podem resolver problemas?

Walter acelerou sua volta aos campos e estreou contra o Fluminense. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

A missão dos jovens do Athletico seria mais fácil acompanhada do devido suporte de jogadores mais experientes.

Contra o Fluminense, já atrás do marcador, o Furacão chegou a apelar para a entrada do atacante Walter, que não jogava há quase dois anos e ainda está longe do ritmo de jogo ideal.

Contra o São Paulo, a tendência é de que Geuvânio seja titular. Ele tentará fazer o que reforços como Marquinhos Gabriel e Carlos Eduardo falharam até o momento.

Dorival ainda busca esquema e time ideais

Vitinho já marcou dois gols no Brasileirão. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Por fim, a volta dos gols passa diretamente pelo trabalho de Dorival Júnior. O técnico já mostrou ser capaz de impor um estilo de jogo dominante, com a posse de bola mesmo em jogos fora de casa. Mas faltam agressividade e profundidade, especialmente nas laterais.

Sem Nikão, lesionado, a criação fica ainda mais comprometida, muitas vezes sobrecarregando o meia Léo Cittadini no centro do campo e o atacante Vitinho, aberto pela esquerda.

Além disso, seja por lesões, seja por desgaste, o Furacão tem feito uma série de mudanças a cada partida na Série A, até mesmo em sua formação tática, complicando melhor entrosamento entre meias e atacantes.

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