Atrapalhou ou não?

Jogadores do Athletico discordam sobre altitude ter influenciado na derrota

Renan Lodi correu o tempo todo e foi o melhor do Athletico em campo, sem sentir dificuldades com a altitude. Foto: Albari Rosa

Cochabamba – O Athletico garantiu a classificação antecipada para as oitavas de final da Libertadores, mas muito pela ajuda que teve do Boca Juniors, que arrancou o empate em 2×2 com o Deportes Tolima, uma vez que perdeu por 3×2 para o Jorge Wilstermann, na noite de quarta-feira (24), na Bolívia. Porém, resultado à parte, os jogadores gostaram da atuação do Furacão que, mesmo sob o efeito da altitude e da velocidade da bola mais rápida, conseguiu criar algumas situações.

A altitude, inclusive, foi algo que gerou divergência na opinião dos atletas após a partida. O lateral-direito Jonathan, que visivelmente foi quem mais sentiu dificuldade, não tem dúvidas de que a derrota tem muito a ver com o fato de jogar a 2.560 metros acima do mar.

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“Faltou o ar em certos momentos, na hora de dar um pique. No início do jogo isso ficou mais claro. Na segunda bola deles a gente estava sempre atrasado. Isso em função da altitude. Depois a gente conseguiu recuperar essa questão da segunda bola. Não tenho dúvida nenhuma de que o resultado que tivemos aqui foi em função da altitude. Muitos jogadores não tinham jogado na altitude, foi a primeira vez. Temos que nos adaptar a isso, pois a Libertadores tem vários times que jogam na altitude”, afirmou ele.

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O lateral-esquerdo Renan Lodi, que mais uma vez foi o melhor jogador do Athletico na partida, discordou do seu companheiro e garantiu que a altitude não atrapalhou. O atleta, aliás, destacou a boa partida que o time rubro-negro conseguiu fazer diante do Los Aviadores.

Jonathan admitiu ter sentido a falta de ar na altitude. Foto: Albari Rosa
Jonathan admitiu ter sentido a falta de ar na altitude. Foto: Albari Rosa

“Já tínhamos conversado na preleção sobre a altitude. A gente não sentiu isso não. A gente impôs nosso ritmo no jogo. Tivemos as melhores chances do jogo. Foi um detalhe ali no final. A bola bateu no braço do Paulo André. Mas é ter cabeça erguida e bola pra frente. Temos mais um jogo e vamos deixar tudo para a última rodada. Jogamos bem, foi um detalhe no final. A gente fica triste, mas bola pra frente”, emendou Renan Lodi, autor do primeiro gol do Furacão diante do Jorge Wilstermann.

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Apesar dos efeitos da altitude, Jonathan lamentou as chances perdidas e acredita que o primeiro pênalti, quando a bola bateu em seu braço depois da cabeça do meia Serginho, foi duvidoso.

“A altitude não influenciou na maneira que jogamos, mas sabemos que influencia na partida de alguma forma. Até porque se olharmos o jogo, se comparado à partida contra eles em casa, foi muito diferente. Tivemos chances de matar o jogo no início e não aconteceu. Tiveram os lances dos dois pênaltis, meu e do Paulo André, mas no lance do meu foi duvidoso. Aconteceu de sairmos daqui com a derrota, mas no meu ponto de vista nosso time jogou muito bem e da mesma forma que a gente tem atuado dentro de casa”, concluiu o jogador.

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