Justiça

Athletico e Thiago Heleno serão julgados pela compra do zagueiro

Thiago Heleno rescindiu com o Deportivo Maldonado em 2017 para assinar em definitivo com o Athletico. Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

O Athletico e o zagueiro Thiago Heleno serão julgados pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) no dia 26 de novembro em um processo movido pelo Deportivo Maldonado, do Uruguai. O caso é referente à transferência definitiva do atleta para o time paranaense, em janeiro de 2017, em que o clube uruguaio cobra uma compensação financeira pela transação.

Serão dois dias de julgamento, realizado através de videoconferência. Esta é a última instância do caso. Serão ouvidos pela corte o próprio jogador, testemunhas e representantes dos clubes. O renomado advogado Marcos Motta defende o Furacão.

Ele também representou o Rubro-Negro nos casos de doping do próprio Thiago Heleno e do volante Camacho, no ano passado. Procurado, Motta disse que não poderia dar mais detalhes pelo sigilo do processo.

“Clube de aluguel” e rescisão na Fifa: entenda a transferência de Thiago Heleno para o Athletico

Em 2010, os direitos federativos de Thiago Heleno foram comprados pelo Deportivo Maldonado, que atualmente disputa a primeira divisão nacional e é usado como “clube de aluguel” por agentes e fundos de investimento. Outros atletas de nome já pertenceram ao Deportivo, como o atacante argentino Calleri e o lateral Alex Sandro, mas nunca jogaram por lá.

Assim como eles, Thiago Heleno nunca vestiu a camisa da equipe uruguaia. Em sete anos de contrato, ele foi emprestado aos seguintes clubes brasileiros: Palmeiras, Criciúma, Figueirense e, por último, Athletico.

Após o sucesso com a camisa do Furacão, em 2016, o time paranaense manifestou o desejo de contar com o zagueiro em definitivo. Mas o Deportivo Maldonado pediu US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 8 milhões na cotação da época).

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Porém, o jogador conseguiu a rescisão de contrato na Fifa alegando “justa causa esportiva”, baseado no artigo 15 de transferências da entidade. “Um profissional que ao longo da temporada atuou em menos de 10% dos jogos oficiais pode rescindir seu contrato. A devida consideração deve ser dada às circunstâncias do jogador na avaliação do caso”, diz o artigo.

A Fifa também ressalta que neste caso uma compensação financeira poderá ser paga, mas que sanções esportivas não são impostas nestes casos.

Em junho, o Athletico já sofreu uma punição esportiva pela transferência do atacante Rony, que já deixou o clube e está no Palmeiras. O Rubro-Negro está proibido de contratar atletas nas próximas duas janelas, ou seja, até metade de 2021.

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