Arena é dada como garantia em caso de calote do Atlético

Já está no caixa da CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras da Arena da Baixada – a última parcela de R$ 6,5 milhões, residual do financiamento realizado junto ao BNDES no valor total de R$ 131,1 milhões. A quantia dará um fôlego financeiro maior ao Atlético e ao comitê gestor criado para gerenciar as obras até que a Fomento Paraná comece a liberar as parcelas do último contrato de financiamento no valor de R$ 65 milhões, que dará condições para o clube concluir o estádio a tempo da Copa do Mundo deste ano.

Segundo o secretário municipal da Copa do Mundo, Reginaldo Cordeiro, o contrato do novo financiamento da CAP S/A com a Fomento Paraná já foi assinado e a própria área da Arena da Baixada foi dada como garantia para que o clube possa receber essa nova linha de crédito. “O contrato não está sendo mais discutido. A última parcela de R$ 6,5 milhões já foi depositada e o outro contrato já foi assinado. Para isso, o Atlético deu o próprio estádio como garantia neste contrato”, frisou Cordeiro.

Assim como o engenheiro Luiz Volpato, diretor de projetos e construção das obras da Arena da Baixada, havia antecipado no início da semana, o montante será liberado gradualmente. Reginaldo Cordeiro frisou que os recursos serão liberados de acordo com a combinação do cronograma físico da obra. “As parcelas serão liberadas de acordo com a evolução das obras e com as prioridades estabelecidas pelo comitê gestor”, explicou Cordeiro.

As boas novidades em relação aos recursos que vão dar fôlego financeiro para que as obras da Arena da Baixada sejam concluídas a tempo foram apresentadas ontem, durante a visita técnica feita pelo chefe executivo do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, e pelo diretor do escritório da Fifa para a Copa no Brasil, Ron Delmont, ao estádio atleticano e ao Ecoestádio Janguito Malucelli, que será usado como centro de treinamentos por algumas seleções durante a realização do Mundial.

“A visita foi boa. Foi uma visita técnica para eles verem a evolução que as obras tiveram. Eles acompanharam as questões de circulação, da parte elétrica, de Tecnologia de Informação, dos vestiários, do gramado, da iluminação, da cobertura e do acabamento das obras. Com isso, eles conseguiram atualizar o check list do andamento das obras da Arena da Baixada”, comentou Reginaldo Cordeiro, que acompanhou as autoridades durante a visita ao lado do coordenador geral para assuntos da Copa no Estado, Mário Celso Cunha, e do presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia.

Aumento do efetivo

Com o jogo-teste confirmado para o dia 29 de março, o ritmo das obras da Arena da Baixada não pode diminuir. A greve no transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana, que impediu que 65% do efetivo de trabalhadores comparecessem ao estádio na quarta-feira e prejudicou o ritmo das obras, ainda trouxe prejuízos a presença de operários no canteiro de obras do estádio. Segundo os gestores do estádio, ontem cerca de 70% dos trabalhadores que atuam na reforma do Joaquim Américo apareceram para trabalhar. Isto porque a greve não foi totalmente interrompida e uma parte dos ônibus está circulando em Curitiba. Isso vai acontecer, pelo menos, até a próxima quinta-feira, quando uma nova reunião definirá se a greve parcial continuará na capital do Estado e Região Metropolitana.