Árbitro é agredido em jogo da Suburbana de Curitiba

Um caso covarde de agressão extrapolou os gramados da Suburbana e foi parar na polícia. Cinco jogadores do Operário Pilarzinho foram denunciados por xingarem e baterem num árbitro e numa assistente em partida da 1.ª Divisão de Amadores da capital, equivalente à 2.ª Divisão.

O episódio ocorreu sábado passado no Estádio José Drulla Sobrinho, casa do União Nova Orleans, que derrotava o Operário por 2 a 0. Ao final do 1.º tempo, o jogador Ederson Pascual Constantino, do Pilarzinho, xingou o árbitro Rafael Traci e acabou expulso. Conforme relato do Departamento de Futebol Amador da federação, Ederson agarrou o juiz pelo colarinho e o empurrou contra a parede. Em seguida Robson Kotos e Ronei Ferreira, companheiros de equipe de Ederson, teriam agredido Traci com tapas na cara. Enquanto isso, a assistente Sandra Maria Dawies, que tentava apartar a confusão, levou um chute no tornozelo – o agressor seria o jogador Carlos Daniel Denatta. Outro atleta do Pilarzinho, Paulo César Mendes, teria xingado o árbitro. Os 5 envolvidos na confusão foram expulsos por Traci. Como o Operário ficou com apenas 6 atletas, o jogo foi encerrado com vitória do Orleans por 2 a 0. Depois da partida, o árbitro e a assistente prestaram queixa por agressão no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac) do 8.º Distrito Policial. Sandra Dawies, que deixou o estádio mancando, também fez exame de lesões corporais no IML.

Anderson Tozato
Violência pode dar até 720 dias de suspensão.

O presidente da Comissão de Árbitros da FPF e da Associação Profissional dos Árbitros de Futebol do Paraná, Afonso Vítor de Oliveira, tomará hoje providências. O Departamento de Árbitros da FPF apresentou ao TJD denúncia contra os 5 jogadores, que ainda será avaliada pelo presidente José Roberto Dutra Hagebock. A tendência é que os jogadores sejam denunciados com base no artigo 185 do CBJD, que prevê pena de 120 a 720 dias de suspensão.

O presidente do Pilarzinho, Renê Pilatti, diz que não houve agressão propriamente dita. ?Três jogadores foram expulsos por ofensas, e dois seguraram o cara (Traci) pela camisa. Ninguém saiu lesionado?, afirma o dirigente, que atribui a contusão da bandeirinha a uma torção no pé. Embora afirme que irá contratar advogado para defesa dos jogadores, Pilatti se disse ?chateado? com a situação.

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