Adrenalina a mil no Mundial de Vôlei Masculino

A um dia da decisiva partida da semifinal do Mundial contra a Itália a seleção brasileira de vôlei não teve descanso e fez um treino pesado no Ginásio Palalottomatica, em Roma, local do jogo deste sábado. Durante a movimentação, o técnico Bernardinho paralisou as jogadas por diversas vezes para ajeitar o posicionamento dos jogadores em quadra.

O treinador priorizou muito a recepção e os bloqueios, e orientou mais os jogadores reservas do que os titulares. Mas enquanto a Seleção treinava duro, a Itália surpreendeu e “furou” o treino marcado para a manhã desta sexta-feira, preferindo ficar na piscina do hotel onde estão todas as delegações.

“Acho que não é estratégia, não. Eles devem ter optado por treinar mais tarde, perto do horário do jogo que é 21h (16h no horário de Brasília)”, analisou Bruninho.

Muralha

Duelo de gigantes pela expressão das duas seleções no cenário mundial do vôlei, o confronto semifinal entre Brasil e Itália pode ser definido exatamente pelas duas “muralhas” das equipes.

Os meios de rede Rodrigão e Mastrangelo atuaram de forma decisiva neste Mundial e são em grande parte responsáveis pelo fato de colocarem suas equipes na semifinal.

Com 31 anos, Rodrigão vive um desempenho extraordinário neste Mundial de Vôlei. Na partida contra a Espanha, o jogador chegou a quebrar o recorde pessoal de bloqueios em uma partida, com nove pontos.

No ranking geral da competição, ele é o segundo melhor jogador no quesito com 25 pontos, atrás apenas do cubano Simon, apontado como um dos melhores atletas da competição.

A barba de Giba

Usando barba desde que chegou na Itália para a disputa do Mundial de Vôlei, Giba inovou no visual nesta sexta-feira, um dia antes da semifinal decisiva contra os donos da casa.

O capitão da Seleção Brasileira resolveu raspar e deixar apenas o cavanhaque, em visual que lembra o usado nos Jogos Olímpicos de 2004, quando a equipe de Bernardinho foi campeã em cima dos italianos.

Naquela final, ele adotou bigode parecido ao que é usado pelos mexicanos. O visual daquela época surgiu por acaso, já que tinha prometido para sua mulher Cristina Pirv, grávida na época, que não faria barba até voltar e resolveu homenagear o pai que usava um look semelhante. A novidade deu certo, e Giba passou a adotá-la em outras competições quando o Brasil chegava em épocas decisivas.