Em seis jogos contra os times da capital, a Adap perdeu quatro e venceu dois.
Quando enfrentou Coritiba e Paraná Clube na primeira fase, foi derrotada, mas a ?gordura? acumulada nas partidas com os outros times fez com que a equipe se classificasse para as quartas-de-final na quarta posição do grupo B. Contra o Atlético, foram duas vitórias, surpreendendo até mesmo os que apostavam em problemas para o Furacão. E quais são os segredos da Adap, o que os mourãoenses vão mostrar esta tarde no Couto Pereira?
A primeira partida da semifinal é também o primeiro dos dois jogos mais importantes da história de um clube de futebol em Campo Mourão. Será também uma série inesquecível para os jogadores, muitos deles imaginando que podem aparecer para outros clubes do Brasil (até mesmo o Coritiba, adversário de hoje e de quarta) ou do exterior. ?Serão partidas muito importantes para o time e para cada um de nós. É um momento diferente, especial?, comenta o meia Souza, ex- Coritiba.
Ele é um dos destaques da Adap, e um dos exemplos mais claros para se entender o trabalho do técnico Gilberto Pereira. Ele chegou na metade da primeira fase, e logo entrou no rodízio de jogadores implantado pelo treinador. Do meio para o ataque, são pelo menos nove atletas que podem começar jogando – Silas, Felipe Alves, Leandro, Souza, Barbieri, Marcelo Peabiru, Gildázio, Ivan e Adílson Popó. E mesmo hoje, quando se tem um time previsto, Gilberto pode armar uma surpresa.
Isto porque a forma de atuar não muda. Para quem ainda não viu a Adap jogar, e vai hoje ao Alto da Glória, que se prepare para ver um time ofensivo, mesmo atuando fora de casa. Este é o grande segredo do time de Campo Mourão, que marcou trinta gols até agora no Paranaense – o segundo melhor ataque entre os semifinalistas (atrás do Rio Branco), e o terceiro entre os dezesseis participantes.
Na defesa, Gilberto escala no papel dois zagueiros, Alex Noronha e Dezinho. Mas Leandro também volta para ajudar, fazendo com que Mineiro e, principalmente Ângelo, soltem-se para o ataque como alas – portanto, é um 3-5-2 disfarçado. Nova opção pelo ataque, fator que surpreendeu o Atlético nas duas partidas, inclusive quebrando a longa invencibilidade rubro-negra. E que deve deixar os coxas-brancas com as barbas de molho.