Reta final

Em defesa, Greca diz que dados sobre desapropriação de terrenos estão misturados

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

A candidatura de Rafael Greca (DEM), candidato à reeleição pela prefeitura de Curitiba, posicionou-se a respeito das acusações feitas pelo candidato Fernando Francischini (PSL). Segundo Francischini, Greca teria utilizado dinheiro público para desapropriar terrenos da família. As acusações foram feitas durante o horário político de quinta-feira (05).

Em resposta às acusações, Greca informou, por meio de nota à imprensa, que trata-se de “uma ação repleta de mentiras, campanha de opositor procura vincular obras de macrodrenagem (contra enchentes, portanto) a um inexistente benefício à família do prefeito Rafael Greca”, diz o início da nota.

Segundo posicionamento do atual prefeito, medidas judiciais cabíveis estão em andamento e pretendem responsabilizar adequadamente a veiculação de desinformação que venham a confundir os eleitores nesta reta final da eleição municipal em Curitiba.

Confira a nota na íntegra:

“Misturando dados a fim de induzir uma suposta irregularidade, a peça diz que a obra desapropriou “muitos” terrenos pertencentes à família do prefeito. Também dá a entender que os valores envolvidos somam R$ 521 milhões. A verdade do caso é a seguinte. R$ 521 milhões é o valor de toda a carteira de obras de macrodrenagem da gestão Greca, que destravou financiamentos e está promovendo melhorias fundamentais na cidade. São 28 obras já finalizadas ou em andamento, espalhadas por toda a cidade. A obra apresentada pelos opositores está sendo feita no Rio Pilarzinho, no bairro Bom Retiro, desde junho de 2020. Ela vai resolver problemas de alagamentos que remontam há pelo menos 1989. O custo da obra, realizada por meio de licitação pública, é de R$ 9,1 milhões. O trecho do rio, que registra problemas crônicos de alagamentos, está recebendo uma estrutura de contenção, de maneira a reduzir o acúmulo de água das chuvas — e portanto as enchentes na região. A intervenção, de grande porte, está sendo feita ao longo de 920 metros. Para poder implementá-las foi necessário desapropriar seis imóveis. Apenas um desses imóveis pertence a familiares do prefeito. O processo para execução das obras começou em 2011, mesmo ano em que moradores da região chegaram a fazer um abaixo-assinado solicitando que a prefeitura resolvesse o problema. Os estudos das obras de engenharia começaram a ser feitos em 2002. Em 2009, deu-se início à busca por financiamentos — e a obra entrou para o PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. As desapropriações foram definidas na gestão anterior (2013-2016) e efetivadas nesta gestão, que retomou e viabilizou a obra.
O preço do terreno (cerca de R$ 400 mil) foi definido com base em critérios técnicos e está dentro dos parâmetros de mercado”, diz a nota.

E os outros terrenos?

Segundo Rafael Greca, outros terrenos mostrados na peça publicitária ficam próximos às obras. “Como toda grande obra pública, é necessário ter espaço para abrigar maquinário (muitos de grande porte, como retroescavadeiras), equipamentos e materiais. Terrenos próximos são normalmente locados para este fim. Foi o que aconteceu na obra do Bom Retiro. O uso dos terrenos foi firmado mediante contrato de aluguel feito pela empresa vencedora da licitação”, finaliza a nota.