Curitiba

Policial de Curitiba se destaca em competições de jiu-jitsu e ainda ensina a modalidade

Escrito por Tribuna do Paraná

*Por Luciano Balarotti, especial para a Tribuna do Paraná

Tem muita gente por aí que reclama da rotina puxada do dia a dia e muitas vezes deixa de fazer o que gosta por falta de tempo ou por cansaço. Esse certamente não é o caso do policial militar Danilo Crecencio que, no contraturno das atividades profissionais, encontra tempo para treinar, ensinar e competir no jiu-jitsu, colecionando títulos ao redor do Brasil.

Praticante nesse estilo de luta há cerca de 11 anos, logo após a sua entrada para a Polícia Militar do Paraná (PMPR), o soldado Danilo é faixa preta de jiu-jitsu há um ano e meio e tem no rol de conquistas seis títulos sul-americanos na modalidade sem quimono e outros quatro na modalidade com quimono. Além disso, no último sábado (26), foi campeão da categoria Pesado (acima de 80 kg) da 3ª edição do Combate Tático Desarmado Brasil – competição baseada no jiu-jitsu voltada para profissionais de segurança pública, como policiais militares e civis, agentes penitenciários, militares do Exército e guardas municipais, entre outros.

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Soldado Danilo é faixa preta de jiu-jitsu há um ano e meio e tem no rol de conquistas seis títulos sul-americanos na modalidade sem quimono e outros quatro na modalidade com quimono. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

E se não bastasse a jornada dupla de trabalho e treinos pesados para competir entre os melhores lutadores do Brasil, Crecencio também é professor de jiu-jitsu na Academia Extreme, no Boqueirão, dando aulas para adultos e crianças há cerca de um ano e meio.

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“Eu nem sei direito como as minhas aulas fizeram tanto sucesso com as crianças. Hoje eu tenho 55 alunos e 35 deles são crianças”, conta o professor, orgulhoso por passar os ensinamentos da luta para seus pupilos.

Grande maioria dos alunos do Soldado Danilo são crianças. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Para poder se dedicar aos treinos e às competições, o soldado sempre contou com o apoio dos seus comandantes e dos colegas de farda, que sempre aceitaram trocar as escalas de trabalho para liberá-lo para se dedicar à carreira paralela a de policial.

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“Atualmente es estou trabalhando no setor administrativo da polícia, então é mais tranquilo para conciliar os horários. Mas houve muitas competições em que eu tive todo o apoio dos meus colegas, porque sempre teve alguém disposto a trocar as escalas comigo quando eu precisava viajar”, lembra Crecencio.

Além do sucesso nas competições, como na dupla conquista agora em novembro no Sul-Americano de jiu-jitsu sem quimono, nas categorias pesadíssimo (acima de 100 kg) e absoluto (disputada entre todos os campeões de categoria), o soldado de tornou instrutor de lutas para os seus colegas do 20º Batalhão da PMPR.

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“Estou dando aula de defesa pessoal, que utiliza técnicas de jiu-jitsu, mas também técnicas de luta em pé, para três pelotões na escola da polícia”, destaca, lembrando que foi exatamente na academia policial que ele teve o primeiro contato com a luta: “Foi lá que eu conheci a modalidade com o sargento Liberato, que foi meu primeiro professor”.

Foco no Campeonato mundial

Enquanto concilia a dupla jornada, o soldado Danilo segue em busca de realizar o sonho de disputar o Campeonato Mundial da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) – principal entidade do esporte, realizado anualmente em Las Vegas, nos Estados Unidos.

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“Foi uma longa batalha para chegar até aqui e conquistar esses títulos. Mas eu tenho o sonho de ir para o Mundial em Las Vegas. Eu tenho alguns apoios para disputar as competições, mas os custos de uma viagem para o Mundial são muito elevados e eu ainda não consegui realizar esse sonho. Mas não vou desistir”, complementa o lutador, professor e soldado, como você preferir chamá-lo.

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