Curitiba

Longe de casa

Há mais de um mês em idas e vindas, muitos professores têm improvisado pra sobreviver longe de casa. Pra resistir nessa rotina de viagens, acampamentos e manifestações a principal dica é a união. É assim que o professor em São José dos Pinhais, Leandro Renato, passou os últimos dois meses, revezando as noites entre sua casa e o acampamento montado no Centro Cívico.

Com uma cozinha montada de última hora e muito companheirismo, os grevistas acampados têm se virado pra realizar tarefas simples. “Contamos com muita ajuda de quem mora em Curitiba, mas cada um que pode ajuda com o que tem. Ontem mesmo, uma professora fez um cachorro quente, e todos compartilham um pouco”, conta Leandro.

Para tomar banho, o professor revela que os grupos do interior utilizam as casas de quem é da capital. No caso do banheiro, o jeito é recorrer aos banheiros químicos, ou até aos comércios. Durante as noites, um grupo de professores se reveza para ficar de olho com possíveis contratempos. “Passamos a noite acordados, pois temos medo de alguma represália ou até mesmo qualquer roubo que possa acontecer”, diz.

Já pro grupo de professores de Mandirituba, o acampamento fortaleceu o sentimento de unidade. Muitos que não eram tão ligados às lutas da classe passaram a aderir e querer participar. É o caso da professora de português Aline Lecz. “Acompanhávamos distante, mas após o dia 29 de abril, todos se solidarizaram. Hoje, revezamos pra que sempre alguém esteja presente representando os profissionais de nossa região”, afirma.

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Sobre o autor

Samuel Bittencourt

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