Curitiba

Lambe-lambe em Curitiba funciona há 44 anos e prova que não é coisa do passado

*Por Francielli Xavier – especial para a Tribuna do Paraná

O nome pode até ser curioso para as novas gerações, mas o bom e velho retrato lambe-lambe ainda tem o seu lugar no cotidiano da cidade. Prova disso é a banca do Rogério Bueno, que fica na Praça Carlos Gomes, em Curitiba. Um negócio que está há 44 anos na família e fotografa diariamente mais de 40 pessoas.

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Claro que, hoje em dia, com a tecnologia, o serviço se modernizou e não é mais preciso lamber o papel fotográfico para iniciar o processo de revelação, como era feito no século XX  e deu origem ao nome. As máquinas são digitais, as impressoras entregam as imagens na hora, porém, assim como antigamente, são as fotos 3X4 e 5X7 as mais procuradas. “As pessoas ainda precisam das fotos para passaporte, visto e outros documentos. E nós somos referência no Centro da cidade”, afirma Rogério.

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Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Quando tudo começou

A banca do Rogério está na Carlos Gomes desde 1979. Foi fundada pelos sogros, passou pela esposa e agora é ele quem toca sozinho. “Atendemos mais de 100 pessoas diariamente, é o negócio da família”, comenta. Além das fotos para documentos, o local oferece também fotocópias, impressões e plastificações.

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Na pequena área, tem a cabine fotográfica, um balcão para o atendimento, impressora e tudo mais que o Rogério precisa para prestar os serviços de segunda à sexta, das 8h às 18h. “Conheço todo mundo da região. No começo, trabalhava eu e minha esposa, agora ela fica com as crianças”, conta o pai orgulhoso, que mantém as fotos das filhas em exposição no local.

Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Rogério era motorista de ônibus e assumiu o negócio em 2006. “Eu nunca fui assaltado e me sinto seguro trabalhando aqui na praça”, revela.  Ele conta que é bem comum casais pedirem para ele tirar fotos fora da cabine. “A gente faz o que o cliente pedir”, completa.

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Sobre os planos para o futuro, Rogério diz estar esperando uma autorização da URBS para aumentar a banca. O espaço extra ele pretende transformar em uma exposição permanente de fotos históricas. “É uma maneira de mostrar para a nova geração como era antigamente”, explica.

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