Curitiba

Curitibano cria site para ligar voluntários com quem precisa de ajuda

Gabriel Pinheiro criou um site para concentrar trabalhos voluntários. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná
Escrito por Giselle Ulbrich

Em comemoração ao Dia do Voluntariado, neste 5 de dezembro, a Tribuna mostra a história do voluntário e empreendedor Gabriel Pinheiro

Você já tentou ser um voluntário mas ficou perdido, sem saber quem procurar, onde ir, o que fazer? Calma, você é uma das milhares de pessoas que sentem a mesma coisa. Querem ajudar, mas não sabem como. E foi com este mesmo sentimento que o curitibano Gabriel Pinheiro teve a ideia de criar uma plataforma online, para conectar voluntários com quem precisa de ajuda. Mas a novidade é que a plataforma reúne somente serviços profissionais e de curto ou médio prazo. Em comemoração ao Dia do Voluntariado, neste 5 de dezembro, a Tribuna mostra a história deste jovem, voluntário e empreendedor.

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Gabriel entende que o voluntariado no Brasil ainda é muito assistencial e diferente de outros países. “Aqui as pessoas se juntam para oferecer roupas, uma refeição, ou no Natal ou na Páscoa compram chocolates ou brinquedos para levar às crianças carentes. Elas precisam pegar na mão das pessoas, estar no meio das pessoas carentes fazendo festa, ver o sorriso da criança que ganhou um brinquedo e sentir-se bem com aquele sorriso. Mas a pessoa recebe aquela refeição e dali quatro horas está com fome de novo. A criança tem atenção naquele momento, mas precisa de atenção em todos os outros dias no ano. Em outros países, as pessoas entendem o voluntariado de forma diferente. Elas oferecem seus serviços profissionais para ajudar numa causa. Um advogado, por exemplo, vai prestar ajuda jurídica a uma casa de crianças carentes, o contador ajuda a organizar as finanças de uma ONG, o arquiteto ajuda numa reforma”, explica Gabriel.

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E foi com esta ideia que ele e um grupo de amigos criou o site Free Helper. Na plataforma, ONGs podem se cadastrar e publicar anúncios de trabalhos que estejam precisando, no qual o voluntário possa desenvolver num curto ou médio prazo. Voluntários também podem se cadastrar, dizer quais são as suas habilidades e semanalmente recebe e-mails, com as oportunidades que possam encaixar-se com o seu perfil (além de outras que podem não ter relação com o seu perfil). Se o voluntário desejar, habilita-se para a vaga e entra em contato diretamente com a ONG, para combinar os detalhes do trabalho.

“Eu escutei muitas pessoas dizendo que foram uma ou duas vezes fazer algum trabalho voluntário e a ONG depois vivia ligando, insistindo para ajudar mais. As ONGs pedem comprometimentos muito longos. Mas nem sempre as pessoas têm tanto tempo disponível. Quando falam em voluntariado, as pessoas vão às instituições, se comprometem, dizem que vão fazer. Mas quando aparece uma demanda de casa ou do trabalho, deixam o voluntariado para trás. Por isso pedimos que as ONGs cadastrem serviços pontuais, que possam ser feitos num curto a médio prazo, para que o voluntário não se desestimule e possa concluir a ajuda”, diz.

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“Também entendemos que pequenas ações profissionais podem trazer mais impacto do que uma simples doação. Por exemplo, um jornalista ou publicitário passar três horas do seu sábado criando uma ação de divulgação em redes sociais, para uma campanha de arrecadação de fundos para ampliação da sede da ONG, por exemplo, pode impactar muito mais do que a pessoa ir lá, uma vez só, e fazer uma festa de Natal ou Dia das Crianças. Às vezes é mais impactante uma pessoa ir lá, passar uma manhã organizando as finanças da ONG, ensinando a fazer uma planilha de fluxo de caixa, por exemplo, porque vai ajudar a instituição a saber quanto ela recebe de doação, quanto ela tem em caixa, quais suas despesas, quanto sobra pra investir no trabalho social, etc. A ideia é ajudar de forma simples, mas maximizar o impacto daquele trabalho voluntário, trazer um efeito mais duradouro”, explica Gabriel.

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Sobre o autor

Giselle Ulbrich

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