Curitiba

Ajuda pra viver

Escrito por Paula Weidlich

Com apenas dois anos e oito meses de idade, o pequeno João Pedro Silva é um guerreiro, acostumado desde que nasceu a lutar diariamente por sua vida. Diagnosticado com Síndrome de Berdon, uma doença congênita rara que provoca malformações no sistema digestivo e prejudica o funcionamento dos intestinos, bexiga e estômago, João Pedro e sua família precisam de ajuda para seguir nesta batalha.

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João nasceu com uma doença rara que provocou a má formação do sistema digestivo. Foto: Reprodução/Facebook

“João Pedro já teve vários diagnósticos. Aos cinco meses de gestação disseram que ele nasceria com a Síndrome do Abdômen da Ameixa Seca (Síndrome de Prune Belly), doença também rara que faz com que o bebê tenha problemas nos músculos do abdômen. Nesta época deram para ele expectativa de somente cinco dias de vida. Depois os médicos afirmaram que era a Síndrome Pseudo-Obstrução Intestinal Idiopática. Somente em junho do ano passado fecharam o diagnóstico em Síndrome de Berdon. Mesmo assim, o tratamento continua sendo difícil, pois há poucas informações e médicos que saibam lidar com a doença”, conta a mãe de João Pedro, Avelita Barbosa da Silva, de 28 anos.

Segundo a família, para que o menino fique bem, a solução seria submetê-lo a um transplante de intestinos, estômago e fígado, em um procedimento feito em Miami, nos Estados Unidos, por um médico brasileiro. Tratamento que pode custar US$ 2,5 milhões – o equivalente a quase R$ 9 milhões. “Esse tratamento só terá bons resultados lá, já que aqui no Brasil encontra-se em fase experimental e todos que passaram por esse tratamento entraram em óbito. Nos EUA a taxa de sobrevivência é de 20%”, comenta o pai do garoto, Marco Aurélio da Silva, 31.

Quadro precisa estabilizar

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Tratamento pode custa R$ 9 milhões. Foto: Reprodução/Facebook

Para bancar os transplantes, os pais de João Pedro recorreram ao Ministério Público do Paraná, no entanto, até agora não receberam uma resposta positiva. Mas o maior problema enfrentado por eles não é somente a questão financeira: para poder viajar e passar pelos transplantes, João Pedro precisa estar estável, o que não é o caso, atualmente.

Por conta da doença, o menino enfrenta dificuldades para se alimentar, urinar e evacuar. Além disso, fica com o abdômen inchado, o que também o impede de andar direito. Ainda como consequência da Síndrome de Berdon, João Pedro apresenta hoje falência das funções do fígado, desnutrição por não estar se alimentando nem por via parenteral e há menos de três meses teve que passar por uma cirurgia, que reduziu seu intestino delgado a apenas 17 centímetros, quando o normal é o órgão ter cerca de seis metros de comprimento.

Família quer apoio médico e financeiro

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Família precisa de ajuda financeira. Foto: Reprodução/Facebook

João Pedro e sua família são de Londrina, no Norte do Estado e estão em Curitiba desde dezembro do ano passado. Para se dedicarem em tempo integral ao tratamento do menino, que iniciou no Hospital Pequeno Príncipe e segue no Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, seus pais tiveram que largar seus empregos e hoje passam por dificuldades para se manter. A mãe Avelita mora em uma casa de apoio e o pai Marco Aurélio precisa pagar uma pensão. Por isso e com o objetivo de conseguirem recursos para os transplantes, precisam de ajuda financeira, com doações de qualquer valor.

Além das doações, o pedido maior da família é ajuda para encontrar algum médico que possa fazer com que João Pedro melhore e tenha suas funções estabilizadas, para depois poderem pensar na viagem e no transplante.  “Buscamos algum médico especializado, com experiência em Síndrome de Berdon e que ajude a gente em um plano B, enquanto o transplante não é possível”, pede a mãe.

Como ajudar?

Campanha Ajude o João Pedro a Viver: Facebook

Doações online: Vakiquinha

Informações: Avelita (43) 9867-0790 e Marco (43) 9624-1994

Sobre o autor

Paula Weidlich

(41) 9683-9504