Bife à parmegiana irresistível em Curitiba: o da Nonna é patrimônio

Parmegiana do Nonna Giovanna. Foto: Eloá Cruz.

Quando bate aquela vontade de um almoço mais elaborado, suculento e macio, um belo bife à parmegiana consegue fazer esse papel com maestria. Quem é que resiste a um bife macio, bem empanado, com um belo molho de tomate e parmesão gratinado? Em Curitiba, o prato é estrela há mais de 30 anos no Nonna Giovanna – praticamente um patrimônio gastronômico da cidade.

Eu poderia apostar que sugerir um bom parmegiana, seja um bom lugar ou alguma receita, é uma excelente forma de estreitar relações. Afinal, não ao acaso, o prato traz quase tudo que o brasileiro ama num almoço trivial: um belo bife, algo empanado, bom molho de tomate, queijo, muito queijo gratinado, há também um arrozinho branco e batata frita. Não dá para esquecer das outras versões que deixam o prato bem democrático: o parmegiana de frango e também o parmegiana de berinjela – outro clássico sem igual.

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Pois bem. Na Rua São Francisco, bem no miolinho do Centro Histórico, o Nonna Giovanna oferece parmegiana diariamente, de bife (coxão mole) ou frango. Ele é o carro-chefe da casa e pode ser servido com três das sete opções de acompanhamento da casa: arroz, feijão, salada mista, farofa, maionese, polenta e batata frita (R$ 39 para uma pessoa ou R$ 67 para duas pessoas, na versão bife, ou R$ 36 para uma pessoa ou R$ 56 para duas pessoas, na versão de frango). A escolha mais popular da casa é parmegiana com arroz, salada de batata e polenta frita.

Há também a possibilidade do parmegiana acompanhado de massa fresca, seja ela talharim ou espaguete ao sugo (R$ 33 para uma pessoa ou R$ 64 para duas pessoas, na versão bife, ou R$ 31 para uma pessoa ou R$ 54 para duas pessoas, com frango). Como no Nonna Giovanna todas as massas são frescas, preparadas diariamente de forma bem artesanal, minha escolha foi pela massa. Aceitei a feliz sugestão do garçom e optei pelo espaguete Nonna Giovanna – que é servido metade com molho bolonhesa e outra metade com molho quatro queijos). Há versões de parmegiana com nhoque.

Depois da satisfação toda deste belo almoço, saiba que os pratos do Nonna Giovanna são sempre bem servidos. Eu, que considero ser uma pessoa que come razoavelmente bem, ainda levei parte do almoço para casa numa marmitinha. A decisão de embalar parte que sobrou é quase um costume dos frequentadores do Nonna, que sabem o quão farto são os pratos da casa.

Foto: Eloá Cruz.

Massa fresca e molhos frescos, todo dia

Desde 1988, o Nonna Giovanna tem despertado o conforto, bem-estar e boas lembranças em família e com amigos. São pratos, preparações simples, que alimentam gerações.

No comando da casa, Gabriela Cunha Lengler, de 46 anos, conta que o restaurante começou com uma portinha bem pequena. “Meus pais que começaram. Eles compraram a casa de uma proprietária italiana. Meu pai preparava a massa, minha mãe cozinhava os molhos. Eram os dois, mais dois funcionários. O início foi bem difícil, mas foi aos poucos dando certo. As receitas são de desde aquela época”, explica a empresária.

O restaurante nasceu com a proposta de servir massas frescas, pratos simples, italianos. Como é um restaurante comercial, com muitos clientes que trabalham na região, o Nonna também serve combinações bem brasileiras: sempre há um prato do dia com arroz, feijão, batata. “A gente trabalha com receitas simples, a lasanha da vó, o nhoque da vó, não tem nada de sofisticado. Não tem tempero pronto. Acho que é por isso que o pessoal se identifica muito”, conta Gabriela.

Entre as massas, macarrão fresco e nhoque de batata, com versões ao sugo, bolonhesa, quatro queijos, ao pesto. A casa oferece também ravióli recheado com frango ou ricota, com diferentes molhos, e mais cinco opções de lasanha. As massas da casa variam de R$ 27 a R$ 42 o prato individual.

Feitas de forma artesanal e diariamente, as massas foram produzidas durante anos e anos por Valter Lengler, fundador do restaurante e pai de Gabriela. Com 73 anos, seu Valter foi aos poucos saindo da produção para acompanhar o processo da massa. “Tava na hora de passar o bastão”, brincou a filha. Como estão sempre no restaurante, Valter e Gabriela conduzem todo o processo. Como a receita base leva em conta unidades e não o peso dos ovos, é preciso ter o tato e os olhos certeiros de Valter para que a produção do macarrão mantenha o bom padrão e qualidade.

Molho ao sugo, dois dias de produção

Macarrão fresco é caso sério. Agora, imagina, um molho de tomate artesanal preparado e apurado no fogo por dois dias. É paixão certa. No Nonna Giovanna, 10 a 12 caixas de tomate viram molho de tomate semanalmente. Ele vai para o cozimento, é batido, peneirado, volta para cozinhar novamente. “A gente começa o processo todo 7h30, fica pronto para ser refrigerado lá pelas 15 horas. No dia seguinte volta para o cozimento às 8h30 e vai até 11h30, quando começamos a servir. É muito trabalhoso”, detalha Gabriela.

No Nonna, o molho de tomate pode ser comprado à parte, no caixa. São 500 gramas de molho por R$ 19. A validade é de três meses.

*Os valores do cardápio divulgados no post são de novembro de 2023 e podem sofrer alterações.

Foto: Eloá Cruz.

Comida afetiva do Nonna Giovanna

Seja com a família ou com amigos, o Nonna Giovanna é um daqueles restaurantes que a gente compartilha, experimenta, divide. Cada um come um pouco, vários acompanhamentos, divide uma lasanha, outra massa, um parmegiana. Anote mais um na lista que vale a pena conhecer, dica especial de Rango Barateza!

O Nonna Giovanna fica na Rua São Francisco, 134 – Centro. Abre de segunda a sexta, das 11h30 às 14h30, e aos sábados, das 11h30 às 15 horas. Telefone (41) 3022-4653.

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