Uma startup chamada Curitiba

Curitiba tem dado mostras, felizmente, de que está deixando para trás uma era de ostracismo inovador. São pequenas coisas, que nos motivam e fazem acreditar que nossa cidade voltará a merecer curiosos olhares externos de atenção. Para o bem dos curitibanos, claro, que sempre nutriram seleto orgulho pela cidade.

Muito fruto, obviamente, da postura ativa do atual gestor municipal. Rafael Greca é um apaixonado por Curitiba. E mais: adora ser prefeito. Toca a cidade como se fosse a sua casa. Ou o quintal dela. Com ônus e bônus. E foi feliz na escolha do seu vice. Eduardo Pimentel Slaviero tem desempenhado relevante papel no sentido de manter a capital paranaense em constante efervescência.

Mas não só de boa intenção política se abastece esta onda. Um órgão em especial ganhou papel especial na atual gestão: a Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação. O Vale do Pinhão, movimento que nasceu em promessas de campanha, ganhou iniciativas em vários cantos e se materializou de forma central no bairro Rebouças.

Uma região degradada renasceu. No imenso barracão do antigo Moinho Rebouças hoje cintila o Engenho da Inovação, que abriga, além da Agência Curitiba, a Fundação Cultural e diversos espaços multicriativos. Ambientes propícios pra quem está a fim de inovar.

Curitiba já tem dois coworkings públicos. É neste tipo de ecossistema que as startups são gestadas. Onde uma ideia pode ser maturada e, eventualmente, se tornar um grande negócio.

Atração

Além disso, a Agência Curitiba tem desempenhado papel fundamental de assessoria para empresas e investidores interessados em instalar suas atividades por aqui. Trata-se de um papel importante, de “vender” corretamente a cidade, e para as pessoas certas.

Foi assim, por exemplo, que bicicletas e patinetes compartilhados desembarcaram por aqui. Curitiba foi atrás deles. Ofereceu guarida para um período de testes, administrou conflitos, acreditou na ideia e deu segurança aos empreendedores. Agora vem a regulamentação.

Ainda há muito a fazer. Mas a crítica ansiosa pode, agora, dar espaço à esperança. De ver a capital que já foi verde, dos ônibus com canaletas exclusivas, dos tubos de embarque e terminais de integração, oferecer a olhares externos inovações verdadeiras e vanguardistas. Ser uma verdadeira startup. Aplaudiremos de pé!

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