A 12ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba acontece entre os dias 14 e 22 de junho nos cinemas do Cine Passeio e Cineplex do Novo Batel. Serão exibidos 87 longas e curtas-metragens, entre eles 10 filmes paranaenses.

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As produções do nosso estado fazem parte da Mostra “Mirada Paranaense” que busca destacar trabalhos de jovens realizadores e novas produções dos profissionais já consagrados.

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Entre os destaques estão o filme gravado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), “A Trilha Sonora de um Bairro”; “Sereia”, com filmagens no litoral paranaense; o projeto universitário de Eduardo Monteiro, “Midríase”; e “Blackout”, filme do londrinense Rodrigo Grota.

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A seguir, confira com mais detalhes os 10 filmes do Paraná que estão participando da 12ª edição do Olhar de Cinema.

Fale Comigo Verão: O Diário de um Cineasta Amador

Cena do filme “Fale Comigo Verão”. Foto: Divulgação

O filme-diário de Evandro Scorsin traz os dilemas do tempo que passa e a vida adulta que se impõe, em um exercício de autoficção em que cinema e vida se mesclam, indo e vindo entre dois países e tempos e registrando a vertigem do deslocamento, assim como as reinvenções inerentes a uma experiência imigrante.

Solange

Cena do filme “Solange”. Foto: Divulgação

No seu aniversário, Solange (Cássia Damasceno) está de passagem por Curitiba para buscar as caixas que deixou na casa de amigos quando se mudou da cidade, há cinco anos. Os cineastas Nathália Tereza e Tomás Osten dominam a difícil dramaturgia do constrangimento, do mal entendido e das meias palavras, dos diálogos desconcertantes. Com uma fotografia de câmera solta mas atenta ao detalhe que importa, o rosto, o olhar, a expressão, estamos junto com Sol nessa passagem emocionalmente penosa pela cidade que durante tanto tempo foi sua casa, mas que parece não querer mais lhe acolher neste breve retorno. 

A Trilha Sonora de um Bairro

Cena do filme “A Trilha Sonora de um Bairro”. Foto: Divulgação

A trilha sonora do bairro Cidade Industrial de Curitiba, localizada na periferia da capital paranaense é o rap. O documentário dirigido pela dupla Betinho Celanex e Danilo Custódio traça o retrato da região a partir do cenário cultural desconhecido e negado pela “cidade modelo”. Partindo de entrevistas com rappers do grupo J.A.C, o filme lança um olhar além dos estereótipos criados sobre o território.

Blackout

Cena do filme “Blackout”. Foto: Divulgação

No filme londrinense de ficção científica, dirigido por Rodrigo Grota, acompanhamos a jornada de Yuri em busca de sua mãe nas ruínas de um hotel destruído por um meteoro, com a ajuda da misteriosa Maya. As movimentações nas redondezas do prédio são atípicas, e o espaço-tempo não respeita as delimitações da memória. 

Menininha

Cena do filme “Meninha”. Foto: Divulgação

O tempo como um papel que se dobra sobre si mesmo, fazendo encontrar extremos numa mesma superfície. O filme, de  parte dos encontros entre três gerações de mulheres, sendo duas delas, neta e avó, as pontas que costuram a história da mulher do meio: a figura da mãe e simultaneamente da filha. Um filme tributo aos laços de cuidado que são produzidos mesmo quando não há mais linguagem, mas há ainda a memória corporal do afeto.

Midríase

Cena do filme “Midríase”. Foto: Divulgação

O filme universitário de Eduardo Monteiro coloca em protagonismo dois seres que residem em um mundo isolado e artificializado. Juntos, eles experienciam interações inusitadas, que afloram curiosidades e despertam um caos delimitado ao universo plástico. Entre stop-motion e live-action constrói-se uma narrativa onírica que desfruta dessa mescla, aludindo ao clássico experimental Neighbours (1952), de Norman McLaren.

Pés que Sangram

Cena do filme “Pés que Sangram”. Foto: Divulgação

As irmãs Clara e Aurora percorrem suas memórias em busca de respostas sobre a fantasmagórica mãe. Quem são essa mãe e esse pai que chegam e partem pelo porto e que preferem evitar as mudanças? Uma câmera por vezes inquieta que vasculha, revira, tenta decifrar os fragmentos da lembrança. Um local abalado por tremores, sons de bombas e mistérios. 

Pixo na Cidade Modelo

Cena do filme “Pixo na Cidade Modelo”. Foto: Divulgação

A partir de uma conversa e troca com alguns importantes nomes da pixação em Curitiba, bem como pessoas dedicadas a produzir um pensamento teórico sobre o gesto de inscrever assinaturas contra a arquitetura do status quo, o filme, com roteiro de Willian Germano, tenta destrinchar algumas das motivações por trás dessas grafias tão conhecidas nas grandes cidades. Há um exercício de registrar e historicizar um pouco quem são essas pessoas, uma vez que a maior parte delas costuma existir dentro do anonimato. 

Sereia

Cena do filme “Sereia”. Foto: Divulgação

O filme de Estevan de la Fuente conta um pouco da história de Lúcio e sua família, que vivem em um vilarejo perto do mar e convivem com a cotidiana violência psicológica de seu pai, Jorge. Lúcio adora sereias e no dia de seu aniversário sua mãe lhe faz uma surpresa, mas rapidamente as pequenas alegrias são colocadas em cheque pelo sujeito que se recusa a aceitar as coisas como elas são. 

Só por Hoje

Cena do filme “Só por Hoje”. Foto: Divulgação

Rodado na região de Curitiba, a produção emana das potências que fluem quando as narrativas são entregues a quem tem direito de contá-las. Um grupo de homens na trajetória do tratamento da dependência química conta suas próprias histórias da luta contra a doença, passando por seus desejos e transformações. Enquanto narram, filmam e encenam, essas pessoas comumente invisibilizadas pela sociedade afirmam seus pontos de vista e, principalmente, suas existências no mundo.

Serviço

12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba
Data: 14 a 22 de junho de 2023
Local: Cine Passeio (R. Riachuelo, 410 – Centro) e Cineplex Novo Batel (Alameda Dom Pedro II, 255 – Batel)
Ingressos: R$7 (meia-entrada) e R$14 (inteira) pelo site oficial