E mais uma vez, como aconteceu em Anos Rebeldes (1992), a Rede Globo fala sobre os tempos difíceis de ditadura militar. O período de repressão vivido no Brasil de 1964 a 1985 é pano de fundo para a supersérie – como a emissora vem chamando o novo projeto – Os Dias Eram Assim, que estreia em 17 de abril.
Na festa de lançamento foi apresentada, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), uma exposição fotográfica com imagens do Rio de Janeiro nas décadas de 1970 e 1980. A ideia foi apresentar as características da época, como os meios de comunicação, as guloseimas que marcaram a infância de muita gente e os inesquecíveis orelhões. As manifestações artísticas, a conquista da Copa do Mundo de 1970, a buzina do Chacrinha e o surgimento do fenômeno Ayrton Senna também foram lembrados.
Os Dias Eram Assim fala do amor entre Alice (Sophie Charlotte), filha do conservador Arnaldo (Antonio Calloni), e Renato (Renato Góes), um médico idealista.
Daniel de Oliveira (Victor) será o vilão da trama. A série é de autoria Alessandra Poggi e Angela Chaves. As duas são novidades da casa e fazem parte da nova safra de autores e de um processo que a Globo vem passando para reformular seu núcleo de teledramaturgia.
A série vai mostrar a vida de pessoas comuns e seus amores afetados pelo contexto histórico do Brasil na época, E de como este momento foi capaz de interferir em vidas, sonhos e histórias de amor. Vale destacar, assim como Anos Rebeldes, de autoria de Gilberto Braga, foi produzida no turbulento período de afastamento do presidente Collor. Os Dias Eram Assim estreia em momento conturbado da política nacional.