Terra arrasada

Seguir em frente na Libertadores não significa, necessariamente, que um time está bem ordenado. Um torneio como esse, em especial, nos tempos de hoje, em que a regra geral é de equilíbrio, as circunstâncias imprevistas é que criam a solução.

O Atlético Paranaense é a prova dessa verdade. Não avançou na Libertadores porque jogou bem, mas, porque criou e lhe foram criadas as circunstâncias na última rodada do grupo. Toda vez que voltou à realidade, sem a companhia do acaso, quando o futebol reclama organização e método de jogo, foi um desastre. Foi assim nas finais com o Coritiba e está sendo assim no Campeonato Brasileiro.

Faço essa síntese para afirmar o seguinte: Eduardo Baptista precisa intervir com urgência para dar ordem ao time. Não deve ser simpático, querendo primeiro observar. Na prática, taticamente, o time está em terra arrasada. Não há uma linha que não pareça disfuncional.

Essa verdade está nos números, pois não há outra forma de explicar, que um time sofra uma média de três gols por jogo e não tenha nenhum poder de reação. O sistema que Paulo Autuori quer implantar como padrão em todas as categorias, é uma farsa.

É um jogo raso, lateral, descontínuo, sem profundidade, que induz todos os setores a se espalharem em campo. É um bando desorganizado.

Não sou de dar conselhos, minha função é opinar.

Entendo que Autuori não pode ficar no banco.
Presumo, que a contratação de Eduardo foi para o time adotar um novo método, ser afastado da inércia, reagir em todos os sentidos. Para isso, não pode sofrer a mínima influência do comando anterior.

Reclamação

Estão reclamando que eu não escrevo do Coritiba. Fui procurar uma notícia, e não a encontrei. Quando estou terminando a coluna, chega a notícia de que Marcelo Oliveira sonha em voltar a dirigir o Coxa. É uma boa notícia?