Sinceridade

O Atlético deve ganhar com sobras do Tupi e seguir em frente na Copa do Brasil. Mas se não ganhar e for eliminado, embora seja humilhante será absolutamente natural.

Quebrando o silêncio, imposto, presumo, pela vergonha do fracasso, o presidente Mario Celso Petraglia falou à RPC e à Tribuna: sem individualizar, mas sem excluir, afirmou que nenhuma das novas contratações era o que o Furacão precisava.

O presidente Petraglia é mesmo extravagante. Na sinceridade consegue ser insensível. Um dia antes do jogo, permite qualquer um concluir que Jadson, que não jogava na Italia, Kadu, que não joga há seis meses, Ytalo, que não joga nada, e Walter até prova em contrário, não foram os desejados. Dito de outra forma: sendo sincero, Petraglia colocou em dúvida a capacidade do time.

Se o enigmático Milton Mendes tiver o mínimo de inteligência, capta a mensagem do seu senhor. Ao invés de escalar o Atlético com os “reforços”, escala com Bruno Mota, João Pedro, Rosseto e Crysan. Petráglia avisou o treinador: os “reforços” são fracos.

Precedente

Em 1972, o Atlético contratou o ponteiro direito Buião. Formou-se o ataque histórico: Buião, Tião Quelé (Ademir Rodrigues), Sicupira e Nilson Borges. Na sua estreia aprendi o que é ter um ídolo. Não me lembro qual foi o placar. Mas na manhã de um domingo, contra o Agua Verde, Buião fez o Furacão levar 28 mil atleticanos ao então Belfort Duarte.

Pergunto: hoje, Walter levará quantos atleticanos à Baixada?

Conselheiro

O ex-jogador Alex precisa decidir: é cronista da ESPN ou corneta nos coxas. Sempre eu quis ser repórter e corneta do Atlético. Achava o máximo. Às vezes, não me dei bem.

Alex precisa entender que exerce influência, mesmo que involuntária, no Coritiba. Defender Vaná como defendeu pelas redes sociais, influiu na decisão do treinador Marquinhos Santos em manter o goleiro nas finais contra o Operário. É que Marquinhos disse certa vez que Alex era seu ídolo.
Operário 3×0.