Pronto: os falsos horrores que assustavam os atleticanos, recolheram-se. É que no Barradão, onde todos ganham do Vitória, o Atlético também ganhou: 3×2.
Mas não pense que ganhou porque essa coincidência lhe deu a mão. No futebol não há coincidências. Jogar bem, não jogou. Ao contrário, reduzido ao esquema defensivo até sofrer o segundo gol baiano, entre tantas jornadas ruins, fazia a pior. Nem o gol inicial de Ribamar criou ilusões aos 3 minutos.
Mas aí surgiram os dois fatores que decidiram o jogo: a soberba dos atacantes baianos, que após o segundo gol, foram pretensiosos em alcançar uma excelência que não têm na conclusão; o outro, e o principal, foi o Furacão mostrar uma virtude que parecia não ter, que era a vontade de reagir à submissão ao adversário, entregando-se ao jogo como compensação às suas falhas.
Para isso, o treinador Fabiano Soares teve que sair do seu natural, e ser ousado. Substituiu o volante Pavez pelo atacante Lucas Fernandes, o que avançou todas as linhas. Foi por isso, que Lucho González, apareceu na área para dar de bandeja para Douglas Coutinho empatar nos dois a dois.
E, a partir daí, o Furacão já com Rossetto no lugar de Lucho, uniu a experiência para explorar o trauma de derrotas do Vitória. Os zagueiros baianos não viram que Ribamar estava livre para de cabeça e fazer o terceiro. No desespero, ninguém consegue nada no futebol. E o Vitória ajudou ainda mais o Furacão. Foi só desespero. Ribamar pelos dois gols e pela entrega ao jogo, foi o destaque.
Agora, Atlético e Coritiba precisam se dar as mãos. Aquele ganhando do Sport e o Coritiba do Vasco, serão solidários ao objetivo de cada um.
Decisão
O Paraná joga contra o América, no Independência, em Belo Horizonte. Seus jogadores, desde a derrota em Fortaleza, estão ouvindo que o time não pode perder esse jogo. A essa altura do campeonato, em literatura de sacrificados, o Paraná tem que matar um leão por dia. Não poder perder, às vezes, é um fator de auxílio, pois controla a concentração.
Independente de cálculos, esse é um jogo que o Paraná pode até perder por ser possível, mas se não perder terá praticamente garantida a volta. Não pelos números, mas pelo impacto emocional que é voltar à Vila em quarto lugar.
Lançamento
Nos próximos dias, deve ser lançada a candidatura do empresário do ramo de engenharia Pedro Correa, à presidência do Coritiba.