O maior

Não vi o jogo da Vila.

Então, não vou ser hipócrita de analisá-lo, embora seja fácil transformar em texto, um empate sem gols. Seria como Toquinho, que em sua Aquarela mostra que “com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo”. Quando o jornalista não vê o jogo e tem que enfrentar o tema, pelo menos sob um ângulo, procura um pouco da sua ambientação. E, aí não tem melhor do que buscar uma orientação nos comentários do excelente comentarista Fernando Gomes.

E, em uma disputa eliminatória em dois jogos, o jogo jogado (nenhum foi) a supremacia técnica (a do Paraná), as variações táticas, a bola na trave (a de Alex), e todas as outras circunstâncias não entram para a história, que só deixa escrever os números finais e quem ganhou. E, aí, o Atlético Paranaense somou esses números: ganhando na Baixada (1×0), poderia empatar com o Paraná na Vila, como ocorreu, 0x0.
Entendo a mágoa dos tricolores. Quantas vezes já tive que carregá-la, e por isso, sei muito bem o quanto pesa. Como explicar que o melhor time do campeonato já está fora, excluído por aquele que entrou em oitavo, por uma porta lateral, quase às escondidas?

Concordo, que o critério eliminatório tem essa capacidade de provocar a sensação de injustiça. Mas, aqui, não foi o caso. O Furacão só foi o oitavo, porque transformou a fase de classificação, literalmente em uma brincadeira de crianças. Se jogasse sempre inteiro, teria sido o melhor. Então, nessa disputa com o Paraná, se fosse o caso de resolver pelo justo ou pelo injusto, não teria havido injustiça. No final, Thiago Heleno falou que “ganhou o maior”. Talvez, resolvendo-se por aí, os tricolores possam encontrar um consolo.

O Atlético na semifinal deve jogar contra o Londrina.
Se o campeonato terminar (há coisas para acontecerem) será em dois Atletibas, como se fosse um roteiro bíblico.
Decisão que os coxas não queriam.

Futuro

Pelo que eu vi no jogo da Baixada, e ouvi ontem, o Furacão não anda jogando bem. E se não fosse o bastante, agora perde Otávio e corre o risco de ficar sem Lucho González, que na Libertadores, virou uma espécie de talismã, contra o Flamengo. Deivid é um achado esquecido para correr e marcar, mas com Otávio já havia um costume. O que é feito afinal, do veterano Carlos Alberto? Estaria machucado ou está de castigo por não resistir as noites curitibanas? Seria uma boa solução para evitar que o Furacão continue caindo por não ter meio campo.

Denúncia

O deputado federal paranaense, Evandro Roman, vai denunciar publicamente de que o julgamento do caso Getterson, que tirou 16 pontos do Jotinha “foi um teatro”, armado três dias antes com a presença do advogado do Toledo, Paulo Schmitt, ex-procurador do STJD no Rio de Janeiro.