Jogo do orgulho

Como na vida, no futebol, promessas criam ilusões. Às vezes, tratadas como mentiras, criam revoltas. Não sei se é esse o sentimento do torcedor do Atlético. Inquieto, não se conforma com a irregularidade do time no Brasileiro.

Bem por isso, o Atlético não será um time normal, hoje à noite, na Baixada contra o Corinthians. Será um time tenso, em um ambiente de relações tensas. Pois quero dizer que saindo da normalidade, o Furacão terá benefícios. Por tradição, nessas condições, sempre faz grande jogos, conquista vitórias, que mesmo projetando-se como eventuais no futuro, tornam-se históricas.

Sem a inércia de Guilherme, com Thiago Heleno na zaga e Nikão no meio, o Atlético será outro. É o jogo que motiva e obriga o jogador a se entregar. Quando isso ocorre, é possível corrigir a falta de organização, que vem se incorporando a sua rotina rubro-negra.

O Furacão joga mais do os três pontos. Joga um pouco da sua crise e muito do seu orgulho.

Cara nova

O engenheiro Pedro Guilherme de Castro será a novidade na eleição para a presidência do Coritiba. Dirão que o doutor Bacellar, também, era uma novidade. E no entanto, deu no que deu. São situações absolutamente diferentes.

O doutor Bacellar foi a última peça do remendo, que várias alas do Coritiba fizeram para derrotar Vilson Ribeiro de Andrade. Quando várias correntes se unem para alcançar um objetivo, a consequência é a distensão em pouco tempo. A chapa foi eleita em razão dos nomes de Ricardo Guerra e Ernesto Pedroso. Como os dois deixavam desconfortáveis alguns interesses, obrigaram-se a renunciar. Pedroso só voltou para salvar o clube, mas nem cargo tem.

A candidatura de Pedro Guilherme de Castro é apoiada por um grupo de pensamento único, que só está unido em razão do Coritiba. Quem for eleito, não será combatido. É chegada hora do Coritiba renovar pessoas e ideias.

Pai e filho

Às vezes no equívoco, sinto a força desse espaço. O saudoso João José de Arruda Neto, o J.J. é pai do deputado federal João Arruda, que praticando um bem social que é o de ajudar o Paraná a salvar Vila Capanema. Mas, às vezes, um equívoco permite ampliar o sentimento. Se é pai, então escrevo: tal pai, tal filho.