Estado de espírito

Não é repente passional, é fato. O Atlético Paranaense na Libertadores é o único momento de nobreza que o futebol está podendo oferecer por essas bndas. Atlético e Millonarios é um momento de catálogo. O resto é um troco criador de estórias.

E, ainda, assim, o Furacão que vai jogar com o Millonarios é uma coisa incerta. Contratou Jonathan, Carlos Alberto, Felipe Gedoz, Luís Henrique e Grafite, mas seus fios condutores continuam sendo Weverton, Thiago Heleno e Pablo. As dúvidas que carregam o time de Autuori são imensas, pois o seu meio de campo, mais do que tese, não rende otimismo.

Otávio, já escrevi, é uma versão não graduada de Alan Bahia. O vazio que ficou sem Hernani poderia ser preenchido por Carlos Alberto. Poderia é tempo condicional, para ser implementado depende de vários fatores. A alma e o físico de Carlos Alberto, tradicionalmente, são incertos. Se estiverem bem, vai jogar mais do que Hernani jogava. Mas agravam-se os problemas com Lucho González, tratado como um ex-futebolista pelos argentinos. É daqueles que vivem do passado e sobrevivem de um ou outro lance do craque que foi. O dificil é encontrar um outro, enquanto se descobre quem é Felipe. O menino Matheus Rossetto diminuiria as dúvidas.

Mas como já ficou provado que o futebol é um estado de espírito, é bom os atleticanos buscarem na nostalgia a esperança. Em 2005, o Atlético entrou desprezado e quando deu por si, estava decidindo o torneio contra o São Paulo, só sendo reduzido a coadjuvante pelo golpe político que o tirou da Baixada.

Resultados

O começo do Estadual foi dentro da previsão do bom senso. Os grandes se arrumando e mal arrumados com o que têm, correram todos os riscos, inclusive o de perder. Como o Coritiba, perdeu em Cianorte (1×0) e como o Atlético empatou em Paranaguá (1×1) com o Rio Branco. Mas não obstante, também, estar em formação, o Paraná cumpriu a sua obrigação: goleou o Foz (5×0) e mostrou já ter um jeito de time.

Escrever mais do que isso da primeira rodada é enganar o leitor.