A derrota que humilha

Não vi nada pior do que o time da Chapecoense nesse Brasileiro. Dirão que o Paraná é pior. Talvez, mas em razão dos números. Então, tratemos a Chape como o segundo pior time que anda por aí.

Mas, no entanto, o Atlético Paranaense perdeu lá em Chapecó: 2×1. E perdeu da forma mais deprimente: de virada, porque conseguiu ser pior que o segundo pior time do campeonato.

Não me iludi com o gol de Pablo. É que foi um raríssimo bom momento do Furacão, uma exceção de seu jogo medíocre. Mas, ganhava, e apesar de tudo, poderia ter mais controle. No entanto, o treinador Tiago Nunes errou: ao tirar Roni para fechar o meio com Rossetto, fez o que a Chape precisava, que era não ter mais preocupação com o contra-ataque rubro-negro em velocidade.

A Chapecoense forçou o jogo pelo lado de Lodi e o resultado foi o gol de empate (contra de Bruno Guimarães). O Furacão jogava tão mal, que não conseguiu sequer controlar o jogo pelo empate. Uma bola alta alcançou o atacante Leandro, que vencendo o pesado Tiago Heleno, fez o segundo. E o Atlético conseguiu perder para a Chape.

Não culpe Tiago Nunes pela derrota, não obstante a sua influência. Se o Atlético não ganhar do Fluminense, também, não culpe o treinador. Ele está se tornando mais uma vítima da condução irresponsável daquele que se fez seu dono, Mário Celso Petraglia. Por conta dessa irresponsabilidade, foram perdidos seis meses com Fernando Diniz. E quando se mudou o treinador era certo de que não era o bastante, em razão da limitação individual do time.

Esgotada a fase de entusiasmo com a entrada de Tiago Nunes, o time teve que jogar. Resultado: provou a sua incapacidade perdendo para o segundo pior time do campeonato.

Mas perder ou ganhar, ou até ir provocar o desastre de cair para a 2ª Divisão, são os menores problemas do Atlético. Nada pode ser comparado ao desrespeito à instituição que vem sendo praticado por Petraglia ao deixar a dívida da Baixada bater em 580 milhões de reais. Mas essa é uma outra questão que vamos enfrentar na terça-feira.

Decisão

Coritiba x Londrina, hoje à noite no Couto Pereira, deve ser tratado apenas como um jogo importante. São dois times perdidos, que sequer podem definir o rumo a ser tomado.

Talvez, o Tubarão menos pretensioso, seja mais realista em seu objetivo imediato: o de não perder para não ficar associado à queda para a para 3ª Divisão. O Coritiba, mesmo que não possa ser ostensivo nas suas pretensões em razão de carências de técnico e de campo, projeta a vitória como única solução de vida. E, ainda assim, a vitória não irá resolver a sua vida futura (acesso), mas uma derrota vai ter consequências danosas. E, por coincidência, terá que enfrentar um antigo carrasco de Atletiba: Dagoberto.