Não sei se é um sentimento enganoso provocado pelo querer, mas impressão que me domina é a de que o Atlético fará hoje contra o São Caetano um grande jogo.
A origem desta impressão está em fatos objetivos. Jogar regularmente bem, o Atlético vem jogando e não é de hoje. A tendência já seria manter essa média. Só que para hoje existe um fator central: a seriedade que está sendo dada à este jogo. Não importa o motivo, se foi disciplinar ou não. Enclausurados no CT do Caju, os jogadores pouparam o corpo e a mente. O prazer circulou apenas em treinamentos táticos, técnicos, físicos. O Atlético fez para esse jogo, o que já deveria ter feito desde o início do campeonato.
Não significa que este otimismo inclua a certeza de vitória. Jogar bem é uma coisa; vencer é outra coisa. Um bom jogo não implica necessariamente em repercutir na vitória. Esta depende de outros fatores, principalmente, quando o adversário é o São Caetano. Tradicionalmente sem brilho técnico, mas bem armado taticamente, o time paulista não é fácil de ser batido.
O Atlético, além de andar jogando bem, anda com sorte. Pega o São Caetano com Mário Sérgio de técnico. Mário, por ter sido treinador do time paulista, sabe como ninguém inibir as suas virtudes e explorar os defeitos.
Será um jogo de paciência. Equilibrado, torna qualquer resultado de natureza lógica.
Emocional
O Coritiba transformou o jogo contra o São Paulo no Morumbi, como se fosse o último para resolver a vaga na Libertadores. Entendo de que houve um equívoco por parte do comando de futebol: valorou por demais um jogo em que eventual derrota será absolutamente normal.
Divulgou-se mais o trabalho emocional do que o técnico e tático para corrigir os erros do time. Só que este trabalho psicológico que busca a tranqüilidade dos jogadores, contrapõe-se com a obrigação de vitória expostas em mensagens.
A vitória, é matemático, fará o Coritiba recuperar o conforto perdido. Mas a derrota não irá excluí-lo da luta pela vaga.
Tenho a impressão que foi psicologia demais e treino de menos para os coxas.