Vida sexual saudável na menopausa

A proximidade do climatério, em geral por volta dos 55 anos de idade, é quase sempre motivo de apreensão para as mulheres que receiam ter que enfrentar os ?famosos? efeitos da falta de hormônios no organismo, entre eles, ondas de calor e suor, palpitações, ansiedade e ressecamento da mucosa vaginal. A preocupação faz todo sentido, afinal, cerca de 80% das mulheres que chegam a essa idade apresentam pelo menos um desses sintomas ao longo do período de transição em que o corpo está se ajustando à nova fase.

A maioria dos sintomas tem uma duração limitada, em média de quatro a cinco anos. Entretanto, um deles pode perdurar por mais tempo, chegando a interferir na vida sexual da mulher: a falta de lubrificação vaginal. Isso ocorre porque, com a diminuição dos hormônios, o tecido que reveste o interior da vagina perde espessura, elasticidade e lubrificação, predispondo a mulher inclusive a infecções no canal vaginal, na uretra e na bexiga. Mais seca, a vagina se torna sensível, fazendo com que a relação sexual seja dolorosa.

?Estudos mostram que a incidência de infecções no trato urinário após alguns anos de climatério pode chegar a 20%?, informa o professor de ginecologia César Eduardo Fernandes. Apesar de mais comuns durante o climatério propriamente dito, esses sintomas podem começar a surgir até dez anos antes da última menstruação e vão se intensificando de acordo com o estilo de vida de cada mulher.

A boa notícia é que as terapias hormonais (TH) estão sendo cada vez mais recomendadas promovendo maior conforto, segurança e eficácia às usuárias. A TH tópica à base do promestrieno, por exemplo, ajuda a recuperar a lubrificação vaginal, com alívio do prurido e ardência.

Voltar ao topo