Surto de conjuntivite aparece “fora de hora”

A média diária de atendimento para casos de conjuntivite nos consultórios curitibanos subiu de dois para dez nas duas últimas semanas. O número elevado, segundo o oftalmologista do Hospital de Olhos do Paraná, Rummel Josué, caracteriza um surto da doença na cidade. Para o médico, o aumento dos casos no verão é normal, mas neste ano houve um “atraso”. “Geralmente registramos esse aumento em janeiro, fevereiro”, conta.

Nesta temporada, a maioria dos curitibanos adquiriu a doença no litoral e depois trouxe para Curitiba. O causador da conjuntivite é o adenovírus, que pode resistir por até duas semanas nas unhas das pessoas. A resistência do vírus, de acordo com o médico, facilita a transmissão da doença. “Com um simples aperto de mão ou através do contato com objetos contaminados é possível pegar conjuntivite”, conta.

O adenovírus irrita a membrana conjuntiva do olho e provoca lacrimejamento, inchaço dos olhos, irritação a luz e desconforto. a conjuntivite pode também ser do tipo ceratoconjuntivite, quando também afeta a córnea, ou febre faringo-conjuntival, quando ocorre também infeção de garganta. Segundo o médico, o vírus resiste por até três semanas, mas os sintomas são mais facilmente visíveis nos primeiros sete dias.

Colírios de limpeza podem ser indicados, mas a melhor indicação é a colocação de compressas de água fria no local. “A pessoa deve procurar um médico”, aconselha. “Caso haja necessidade, será indicado um remédio para atenuar os efeitos da doença. O importante é não se automedicar, o que pode piorar o quadro ainda mais.”

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