Programa quer aumentar adesão de pacientes a tratamento contra aids

Brasília – A Secretaria de Vigilância em Saúde, por meio do Programa Nacional de DST e Aids realiza nesta terça-feira (19), em Brasília, o Seminário Nacional de Adesão. O evento discute as diretrizes nacionais para fortalecer as ações de adesão das pessoas que vivem com HIV e aids ao tratamento anti-retroviral. No Brasil, estima-se que 600 mil pessoas sejam portadoras do vírus, mas apenas 180 mil estão em tratamento.

?O  seminário não é simplesmente uma ação de adesão aos  tratamentos anti-retrovirais, mas uma discussão sobre o contexto de vida destas pessoas e o que precisa ser trabalhado?, afirma o diretor adjunto do Programa Nacional de DST e Aids, Eduardo Luiz Barbosa. Segundo ele, o mais importante é que as estratégias e relatos expostos possam ser replicados em âmbito nacional, estadual e municipal.

De acordo com epidemiologista e professora do Departamento de Medicina Preventiva da Universidade de São Paulo (USP), Maria Inês Baptistella, 73% dos pacientes tomam regularmente o coquetel de medicamentos.

?Esse levantamento foi bem criterioso, pois não considerou um paciente assíduo a pessoa que esqueceu de tomar mais de 5% dos medicamentos nos três dias que antecederam a pesquisa. Entretanto, temos que identificar as causas do não tratamento regular, uma vez que o uso irregular do anti-retroviral pode induzir à resistência do HIV às drogas em uso?, alerta a pesquisadora.

O representante do núcleo na Bahia da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, Moysés Toniolo, afirma que os efeitos colaterais são a principal causa de abandono de tratamento e que os pacientes devem ser ouvidos para a resolução do problema. ?Se o paciente não for avaliado dentro do processo como parceiro que precisa ser ouvido, a gente não vai resolver os principais desafios que existem por aí?, ressalta Toniolo.

O Ministério da Saúde distribui gratuitamente o coquetel anti-retroviral em todas as regiões do Brasil e busca reduzir a incidência da doença, melhorando também a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus HIV. Informações adicionais podem ser obtidas na página www.aids.gov.br.

Voltar ao topo