O Carnaval, para muitos, é sinônimo de quatro dias ininterruptos de folia e dança. Mas quem vai passar o feriado se divertindo nos bailes ou atrás de um trio elétrico não pode esquecer alguns cuidados importantes com o corpo, em especial com o risco das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Confira algumas dicas para manter a energia:
Descanso ao corpo – ?Sempre que sentir a perna cansada, o ideal é que a pessoa procure um espaço para relaxar. Apóie as pernas em uma parede por cerca de meia hora, estendendo-as para cima?, aconselha o cirurgião vascular Kasuo Miyake. É importante ainda não ficar muito tempo parado em pé ou sentado, para manter a boa circulação do sangue. Lembre-se de que as ?batatas das pernas? funcionam como um coração, ajudando o sangue a retornar dos pés. ?Com esses cuidados, as pernas vão agüentar mais facilmente a maratona carnavalesca?, diz Miyake.
Alimentação e hidratação – ?Água, sucos de fruta, água de coco e bebidas isotônicas são indispensáveis?, avisa a nutricionista Fernanda Giannecchini. As frutas também são uma boa opção. Para garantir a energia do corpo, ela recomenda alimentos ricos em carboidratos. É o caso de bolachas, pães e torradas integrais e barras de cereal, também ricos em fibra. ?O fundamental é evitar alimentos gordurosos e frituras, que prejudicam a digestão e provocam sono, o que seria ruim para quem quer extravasar nos dias de folia?, frisa. O melhor é uma refeição balanceada com carboidratos, proteínas e vitaminas.
?Não? à automedicação – Depois de cometer alguns excessos, é comum as pessoas recorrerem a medicações vendidas em farmácias, por conta de enxaqueca, mal-estar, náusea e vômito. Deve-se evitar ao máximo a automedicação. Remédios para dor de cabeça e enxaqueca à base de ácido acetil-salicílico, por exemplo, poderão desencadear outros distúrbios. O clínico geral João Geraldo Houly adverte que as fórmulas vendidas para enjôos e vômito, em forma de flaconetes, chás e comprimidos, não têm efeito algum sobre o organismo. ?É muito comum a automedicação aliviar temporariamente os sintomas, mas acabar retardando o diagnóstico preciso de algumas doenças?, atesta.
Consumo de álcool – O ideal é que os foliões limitem a ingestão de álcool, intercalando as doses de bebida com água e sucos. O álcool costuma ser responsável por 50% das internações em pronto-atendimento de hospitais, causando danos ainda maiores em pessoas que não estão acostumadas a beber e que, nessa ocasião, exageram na dose.
Preservativos – Não importa qual ritmo embala o Carnaval nem onde a festa vai acontecer, mas uma dica importante, caso o clima ?esquente?, é se proteger com um preservativo. Se usada corretamente, a camisinha representa a melhor maneira de proteção contra aids e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Também é eficaz para evitar a gravidez. Neste Carnaval, o Ministério da Saúde distribuirá 25 milhões de preservativos para todos os estados brasileiros.