O organismo em desarmonia

O hipotireoidismo é uma doença predominante em mulheres a partir dos 40 anos, provocada, principalmente, por alterações hormonais relacionados à gestação e à menopausa. Apesar destas evidências clínicas, muitas mulheres tratam a doença tardiamente, porque são vítimas da desinformação. Este é o alerta da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná (SBEM-PR).

Gisah Amaral Carvalho, diretora da instituição, explica que a glândula tireóide é uma espécie de central de controle do nosso organismo, responsável por comandar as várias funções dos diferentes órgãos, como cérebro, intestino, pele e sistema reprodutivo, entre outros.

Quando a tireóide não funciona corretamente, pode ocasionar dois tipos de doenças auto- imunes, nas quais o portador produz anticorpo para a sua própria tireóide. São elas: o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.

Um simples exame de sangue pode identificar as duas doenças e conseqüentemente garantir tratamento adequado e uma boa qualidade de vida à paciente. A médica lamenta, no entanto, que esses exames não sejam uma rotina na rede pública de saúde.

Apesar disso, insiste que a mulher deve fazer valer os seus direitos e, ao perceber que apresenta sintomas que podem provocar o hipotireoidismo, deve relatá-los ao médico para que os confirme por meio de exames complementares.

Os principais sinais da doença são: alteração no humor, desânimo, sono, cansaço, inchaço, pele seca, queda de cabelo, perda freqüente de memória, intolerância ao frio, intestino preso e alterações na menstruação e, principalmente, depressão.

Hipotireoidismo não tem prevenção, mas o tratamento adequado e na fase inicial da doença com medicamentos e reposição hormonal – impedirá que a mulher possa desenvolver outros males mais graves, como hipertensão, doenças cardiovasculares e anemias.

Voltar ao topo