O especialista: Curitiba, um centro de tratamento de câncer

especialista071205.jpgPassado o Dia Nacional de Combate ao Câncer, a atenção se volta a um dos maiores problemas de saúde da atualidade. Como conseqüências da urbanização, industrialização, mudanças de hábitos e aumento da expectativa de vida, as doenças crônico-degenerativas são responsáveis por uma parcela significativa da morbidade e mortalidade da população.

Nesse contexto, as neoplasias vêm se mantendo como a segunda causa de morte no Brasil, abaixo somente das doenças cardiovasculares, além de vir aumentando sua participação na mortalidade proporcional, segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

No Paraná, só neste ano, já foram registradas 2.871 mortes pela doença. Dados da Prefeitura Municipal de Curitiba apontam que em 2004 foram registradas 9.782 mortes, sendo que destas, 1.852 (18,9%) tiveram como causa as neoplasias.

Dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná apontam que a cada cem mil pacientes com câncer, perto de 100 morrem da doença. Entre janeiro e agosto de 2005, foram registradas 2.871 mortes no Estado do Paraná. Os casos mais comuns são de câncer no esôfago, estômago, colo do útero, fígado, pâncreas, pulmões, mama, pele e próstata.

A prevenção ainda é a melhor forma de se evitar o câncer e o melhor método de cura ainda é o seu diagnóstico precoce. Reduzir os índices de morte pela doença é o objetivo básico dos serviços especializados em oncologia de Curitiba. Para isso, a cidade conta com diversas opções de tratamento da doença.

Entre os tratamentos utilizados está a cirurgia, utilizada nos casos em que o tumor é localizado em circunstâncias anatômicas favoráveis; a radioterapia – opção para alguns pacientes selecionados, como alternativa de preservação de alguns órgãos; e a quimioterapia.

A própria radioterapia evoluiu. Hoje é possível cuidar do paciente em menos tempo e com métodos mais eficazes. É o caso da radioterapia intraoperatória, que trata o foco do tumor sem afetar os órgãos próximos da região afetada. Por conta disso, a intensidade da irradiação é maior, trazendo maiores chances de sucesso.

Além disso, os efeitos colaterais diminuem, tornando o procedimento menos doloroso e traumático.

Em Curitiba, são vários hospitais e clínicas considerados como referência no tratamento oncológico. A capital também oferece centros de apoio aos doentes e familiares. Algumas instituições, entre elas a APACN, se preocupam com a questão social da doença, oferecendo hospedagem, alimentação, transporte e medicamentos, além do imprescindível suporte psicológico.

Paula Soares, radioterapeuta da clínica Oncoville.

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