Medicamento contra câncer tem preço liberado para comercialização no Brasil

A CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) acaba de liberar o preço lista para Erbitux (cetuximabe), medicamento do laboratório alemão Merck. A liberação do preço vinha sendo esperada por médicos e pacientes desde outubro do ano passado quando teve o registro liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o tratamento de câncer de cabeça e pescoço localmente avançado. Erbitux já é comercializado em 64 países para o tratamento do câncer colo-retal e em 53 países para o tratamento do câncer de cabeça e pescoço.  

Erbitux faz parte de uma classe de novas drogas classificadas como terapias-alvo. É um anticorpo monoclonal que bloqueia o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR) responsável pelo crescimento e pela propagação do tumor em uma série de tipos diferentes de câncer. Seus benefícios em diversos cenários de tratamento de câncer continuam a ser estudados. Esses cenários incluem, além do câncer colo-retal em primeira e segunda linhas de tratamento e do câncer de cabeça e pescoço metastático, o câncer de pâncreas e o de pulmão de não-pequenas células. 

Dois novos estudos divulgados agora em junho durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) validam Erbitux como tratamento eficaz de primeira linha tanto para tratamento de câncer colorretal como para o de cabeça e pescoço. 

Para o câncer colorretal, o estudo de fase III CRYSTAL foi realizado com cerca de 1.100 pacientes. O estudo constatou que Erbitux utilizado em combinação com o FOLFIRI, terapia à base de irinotecano, reduziu o risco de progressão em 15% quando comparado com o FOLFIRI utilizado isoladamente.

No Brasil, o câncer colorretal é uma importante questão de saúde, com mais de 20.000 indivíduos desenvolvendo a doença anualmente, totalizando 6% do número total de casos de câncer e aproximadamente 10.000 óbitos. Cerca de 25% dos pacientes apresentam doença metastática ao diagnóstico. As taxas de sobrevida em cinco anos para pacientes que apresentam câncer colorretal metastático são de 5%.

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