Infertilidade tem cura mas custa muito caro

Cerca de 10% dos casais em todo mundo têm problema de infertilidade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desses, apenas 15% buscam tratamento médico após anos tentando ter filhos. A discussão de soluções para esse quadro é a marca do I Encontro de Esterilidade Conjugal e Reprodução Assistida, que começou ontem e prossegue hoje na Associação Médica do Paraná (AMP).

Segundo o diretor-médico das Clínicas Huntington, promotora do evento, o especialista em reprodução humana Paulo Serafini, tanto homens quanto mulheres apresentam problemas de esterilidade. “Trinta por cento dos casos dizem respeito aos maridos e 30% às esposas. Em 40% dos casos o problema é dos dois.”

No entanto, segundo Serafini, os problemas femininos costumam representar um custo maior para o tratamento. Os remédios comumente receitados para estimular a ovulação chegam a custar entre R$ 2 mil e R$3 mil. Nas clínicas Huntington, que adotam os mesmos procedimentos de tratamento dos principais centros de reprodução norte-americanos, a dosagem de medicamentos é revista e o custo é barateado. “Com avaliações mais precisas, utilizamos menos medicamentos e conseguimos índices de sucesso invejáveis. Na clínica de Vitória (ES) cerca de 65% dos pacientes conseguem ter filhos”, explica Serafini.

Cigarro

Apesar de não existir estatísticas quanto ao assunto, os efeitos negativos do cigarro na reprodução humana são comprovados. Segundo Serafini, o fumo compromete a qualidade do esperma masculino. “O número de espermatozóides diminui, a capacidade móvel deles diminui e, em alguns casos, são verificadas alterações cromossômicas.”

O médico explica que, de acordo com a causa de infertilidade, podem ser utilizadas técnicas que variam de indução da ovulação para aumentar o potencial de fertilidade, inseminação intra-uterina com processamento de espermatozóides para incrementar a capacitação e penetração no óvulo, cirurgias videoendoscópicas para diagnosticar e tratar doenças dos órgãos genitais internos femininos e até técnicas de alta tecnologia, como fertilização in vitro.

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