Workshop começa em clima de comemoração

Pela primeira vez este ano, o trade do Paraná vai ter a oportunidade de se encontrar para fazer negócios. Um conjunto de operadoras vai promover a 16.ª edição do Workshop de Turismo do Paraná, em quatro cidades. A abertura será em Curitiba, coincidentemente no próximo dia 2 de março, o Dia Nacional do Turismo, e depois segue para Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu (veja calendário do evento nesta página).

Um total de 23 expositores, entre operadoras de viagem, hotéis, companhias aéreas, empresas de transporte rodoviário e marítimo e especializadas em intercâmbio cultural, vão apresentar aos agentes de viagens do Paraná seus pacotes, produtos e serviços que deverão ser vendidos no período que vai de abril a outubro de 2005. A organização desse primeiro evento do ano está a cargo das operadoras SudTravel, Rottero, Personal e Lancaster.

Um dos organizadores, o operador Heiko Van Delden, da SudTravel, informa que o evento deve atrair, somente na capital do Estado, cerca de duzentas agências de viagem de Curitiba, Região Metropolitana e Paranaguá. "Não fizemos um levantamento preciso do volume de negócios fechados nesse evento, mas ele gera negócios para o ano todo", diz.

O clima do evento tem tudo para ser de comemoração, já que o setor vive um momento de recuperação e as expectativas para este ano são as melhores. "Foram vários os fatores que contribuíram para a paralisação do setor desde 2001, mas agora, com a moeda mais estável, acreditamos que 2005 será o ano da plena recuperação", afirma Heiko, referindo-se a episódios como o 11 de Setembro nos Estados Unidos (2001), os ataques terroristas em Madri (2002) e as altas sucessivas do dólar (2003).

Há quatorze anos à frente da SudTravel, operadora especializada em viagens internacionais, Heiko Van Delden considera que, por tudo isso, neste ano há muitos motivos para o setor comemorar o Dia Nacional do Turismo. Ele estima que o incremento das vendas de pacotes internacionais na sua empresa será de, no mínimo, 30%. "Mas a meta é aumentarmos em 50% o volume de vendas", diz.

Para Roberto Bacovis, das operadoras Rottero e Valetur, 2005 deve confirmar os bons resultados que 2004 já apontou. "Caso não haja nenhum fato novo desfavorável, este ano será muito bom para o setor", acredita. A Valetur, operadora exclusiva da Pousada do Rio Quente, registrou um aumento de 22% nas taxas de ocupação no ano passado em relação a 2003. Este ano, a expectativa é  que, no mínimo, esse incremento se repita.

Roberto arrisca dizer que o ano será favorável tanto para o mercado de viagens nacionais quanto internacionais. "Elas vão concorrer porque o dólar está em baixa; já está havendo um aumento significativo de turistas para os Estados Unidos", comenta. "Acredito também que haverá um fluxo maior para as Américas do Sul e Central. Países como Cuba, Chile, Peru, República Dominicana e Brasil devem aumentar em muito o número de visitantes", complementa.

Em coro, Pedro Falcon, da Personal Brasil, estima que 2005 será excelente e enfatiza que o Workshop de Turismo do Paraná tem o objetivo de ajudar a confirmar essas expectativas, possibilitando negócios entre prestadores de serviços e produtos e as agências de viagem. No ano passado, a Personal, operadora que trabalha tanto com receptivo como com emissivo, sentiu a reação do mercado, porém, de forma muito sutil, registrando um aumento de 10%; já para este ano a expectativa é um incremento de 30%. "Ano passado, a área do receptivo é que registrou um aumento mais significativo porque o destino Brasil se tornou muito interessante", observa. No Réveillon e Carnaval, a procura continuou grande e a tendência, segundo Pedro Falcon, é continuar aumentando o número de estrangeiros no País, também por conta do trabalho de divulgação, juntamente com a Embratur, nos diversos eventos internacionais.

Apesar de o euro estar em alta, este ano, a Europa vai continuar sendo o grande destino estrangeiro dos brasileiros, na opinião de Wagner Conti, da Operadora Lancaster, que trabalha com emissivo para a Europa e Oriente Médio. "Em relação aos Estados Unidos, ainda continua aquele clima por causa do 11 de Setembro de 2001", comenta ele. "O euro está em alta, mas os pacotes para a Europa são todos em dólar", complementa, ao justificar sua expectativa.

Ano passado, a Lancaster alavancou suas vendas em 25% em comparação a 2003. "Para este ano, sendo bem realista, o aumento deve ser de 20%, mas sendo otimista, podemos chegar até a 30%, 40%", diz Wagner.

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