Rio de Janeiro é eleito o melhor destino gay do mundo

Uma eleição promovida pelo canal Logo, da MTV, e pelo site Trip Out Gay Travel confirmou o que já parecia consolidado pelo mercado de turismo – o Rio é o melhor destino gay do mundo.

Atualmente, um em cada quatro estrangeiros que chegam à cidade para passear fazem parte do público GLS, segundo aponta estudo divulgado em outubro pela UniverCidade. E eles gastam, por dia, o dobro do que um turista convencional.

O Trip Out Gay Travel descreve o Rio como cidade “gay-tastic”. Cita a Farme de Amoedo como a “rua mais gay”, a uma quadra da “praia gay de Ipanema”. Mas não são os pontos turísticos que deram à capital fluminense o título, disputado com Buenos Aires, Barcelona, Londres, Montreal e Sydney.

“O que elegeu o Rio não foram os cartões postais ou a noite, que em Buenos Aires ou São Paulo é muito mais agitada. A cidade ganhou por causa das pessoas, um comportamento do carioca, que tem mais sensualidade, mais liberdade. E tudo isso ocorre num ambiente como a praia de Ipanema”, afirma Eduardo Lima, sócio da Rio G, agência de turismo voltado para o público GLS.

As agências especializadas oferecem os pacotes clássicos – Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Jardim Botânico -, mas com alguma bossa. O Museu Carmem Miranda, no Flamengo, não pode faltar, diz Oswaldo Faria, da operadora Gay Travel Brasil. “Ela é um grande ícone gay”. Faria também leva os mais ousados para a Praia do Abricó, de naturismo, ou para a Reserva, entre a Barra e o Recreio.

Guia

Lançado há dois anos, o guia Rio Diferente, dos jornalistas Gustavo Leitão e Jefferson Lessa, se propôs a ensinar o caminho das pedras dessa cidade friendly. “No futuro, a gente vai dar risada por ter feito um guia gay. Não vai ser preciso um guia porque as pessoas vão se sentir à vontade em todos os lugares”, comentou Chico de Assis, um dos idealizadores do guia, que vai virar programa da tevê a partir de fevereiro.

“A escolha do Rio é uma honra para a gente. É o segmento do turismo que mais cresce por causa do potencial econômico do público, que é 30% superior ao do turista convencional”, afirmou Almir Vieira Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Turismo para Gays, Lésbicas e Simpatizantes (Abrat-GLS).

Voltar ao topo