Quando se fala em turismo na Europa pensa-se logo em Paris, Madri, Roma ou ainda Londres e Veneza. No entanto, há um destino turístico bem original oeste da Europa, com uma beleza ainda pouco explorada pelos brasileiros: a Ilha de Irlanda. Ela conserva uma arquitetura medieval e um ambiente místico e intrigante no interior do país e nas cidades, a cultura celta e moderna se misturam. O povo, alegre e acolhedor, conquista o visitante de cara. Se o visitante gostar de pubs, de cerveja, de conversar e paquerar, aí, então, ele não vai mais querer sair de lá.
O portão de entrada é a capital, Dublin, uma cidade milenar e ao mesmo tempo jovem. Apesar de ter mais de seis mil anos, a Irlanda é independente há somente cinco décadas e tem um dos maiores índices de desenvolvimento da Comunidade Européia. Os irlandeses têm uma história sofrida, marcada por diferentes colonizações (celtas e vikings) e pelo imperialismo inglês. Visitar o país sem mergulhar um pouco em seu passado seria uma pena.
O Museu Nacional, em Kildare Street, retrata com fidelidade as antigas invasões e os recentes conflitos contra os ingleses. Atha Cliatha (Dublin, em gaélico), foi fundada por volta do ano 800, pelos vikings, responsáveis também pelo surgimento de importantes cidades como Cork, Limerick e Waterford. Se por um lado os vikings invadiram a região, em bandos de saqueadores no século X, por outro desenvolveram o comércio e vários setores em Dublin. No século seguinte, os celtas, que já viviam na região desde o século VI a.C., acabaram derrotando os vikings na batalha de Clontarf.
A Galeria Nacional, na Merrion Street, é outro lugar a ser visitado em Dublin. Além da pintura impressionista, da pintura francesa e italiana dos séculos XVII e XVIII, o acervo mostra como os artistas nacionais souberam retratar com fidelidade a alma irlandesa.
Em relação à literatura, o Museu dos Escritores de Dublin, na Parnell Square North, dá um bom panorama da vida e da obra de escritores irlandeses como: Oscar Wilde (O retrato de Dorian Gray), James Joyce (Ulisses), Jonathan Swift (As viagens de Gulliver) e Geoge Shaw (Pigmalião), entre outros.
Outro ponto turístico pitoresco é o Irish Whiskey Corner, na Bow Street. Apesar do prestígio e marketing mundial do uísque escocês, foram os irlandeses que inventaram essa bebida. Os monges do século VI aprenderam o processo de destilação que era usado na Ásia para fabricar perfume e converteram-no para ?um uso bem melhor?. Os monges chamavam a bebida extraída desse processo de ?uisce beatha?, que significa ?água da vida?, expressão que os irlandeses não consideram exagerada.
Agências de viagens e operadoras brasileiras estão começando a chamar a atenção de seus clientes para essa charmosa ilha européia. Há vôos para a Irlanda partindo de todas as principais cidades da Europa e freqüentemente com preços bem baixos. Mais informações podem ser obtidas nos sites www.tourismireland.com www.irlandaviagens.com, www.visitdublin.com e www.discovernorthernireland.com.
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Cultura e um povo para lá de festeiro
Nada mal visitar um típico bar irlandês e beber uma boa Guinness entre uma visita e outra a um castelo medieval. Ou, o contrário, dar uma olhada em ruínas milenares entre um irish pub e outro. Depois de aprender (e degustar) sobre a história da Irlanda visitando destilarias de uísque, muitos turistas brasileiros vão acabar tendo certeza que os gnomos existem. Em todo caso, o que não falta nessa ilha são histórias, lendas e gente simpática para contá-las.
A Irlanda tem 3,5 milhões de habitantes, nenhum analfabeto e uma economia em ascensão. São cerca de setenta mil quilômetros quadrados de área (menor do que o Estado de Pernambuco), centenas de pequenas vilas e aldeias de pescadores. A geografia é de contrastes com vales, montanhas, lagos, falésias, rios, campos e praias convivendo lado a lado. O patrimônio histórico é um dos principais pontos de atração turística.
A cerca de quinze quilômetros de Dublin encontra-se, por exemplo, o Castelo de Malahide, um dos mais importantes do país, historicamente. Ele foi construído no século 12 e até 1973 foi habitado pelos descendentes do proprietário original, Richard Talbot. Além do mobiliário de época e das obras de arte no seu interior, o castelo tem um jardim fantástico. Um pouco mais ao norte, entre as cidades de Balbriggan e Skerries fica o Castelo e Parque de Ardgillan. A propriedade fica a poucos passos da costa e oferece uma bela vista para o mar.
A oeste está Galway, uma cidade de jovens, repleta de pequenas construções coloridas. Quem tem curiosidade por construções medievais pode admirar no caminho os castelos de Bunratty, Knappogue e Ashrod. Entre alguns passeios imperdíveis nesta região estão as falésias Cliffs of Moher. As falésias têm mais de duzentos metros de altura, se estendem por cerca de oito quilômetros e têm uma beleza natural de tirar o fôlego. Diferente, mas com a mesma tranqüilidade contagiante (e intrigante) são os sítios arqueológicos do Burren, como o Poulnabrone, por exemplo. Trata-se de um portal feito de pedras, cujos sinais de presença humana em seu entorno datam de 2.500 a.C.
A região de lagos e montanhas de Connemara é uma das mais belas da Irlanda, ou a mais bela para muitos. Os lagos, sempre calmos, parecem diferentes a cada hora do dia, refletindo as cores do céu e o verde das montanhas. Os pequenos vilarejos de pescadores são interligados por estradas estreitas, freqüentemente transitadas por grupos de ovelhas. O ideal é não ter pressa e esperar elas passarem, pois elas também fazem parte da encantadora paisagem irlandesa.
Outras informações
Visto – não é necessário.
Moeda – euro.
Clima – os meses mais frios do ano são janeiro e fevereiro, com temperatura média entre 4 e 7 graus. Julho e agosto são os meses mais quentes, com temperatura média de 20 graus.
Fuso horário – três horas a mais em relação ao horário de Brasília.
Idioma – inglês e irlandês.
Vôos – British Airways (conexão em Londres com a British Airways Express) ou Varig (com conexões com a Air Lingus em diferentes capitais da Europa).