A reabertura do Parque Estadual de Vila Velha, fechado desde o início de 2002 e que voltou a receber visitantes há cerca de sessenta dias, fez com que hoteleiros, proprietários de bares e restaurantes de Ponta Grossa e região tomassem novo ânimo. Apesar das inúmeras discussões desde a reativação, ainda havia muita dúvida sobre a atual realidade do parque. Um grupo liderado pela Secretaria Municipal de Turismo (Sematur), formado por integrantes do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares dos Campos Gerais (SHRBS/CG) esteve, na última semana, conferindo as mudanças ocorridas na estrutura do local.
O presidente do SHRBS/CG, Leodgar Correia, disse que o grupo ficou muito satisfeito com o estado de preservação e que a atual situação das necessidades turísticas serão repassadas pelo setor após a segunda, e última, visita agendada para a próxima quinta-feira. Essas vistorias foram acordadas após reunião do sindicato e a Prefeitura Municipal.
Posições
Proprietário de uma das pizzarias mais tradicionais de Ponta Grossa, a Forno de Pedra, Mário David sentiu a falta de identificação dos guias (crachás), de estrutura para lanches – visto que o passeio completo pode durar até quatro horas – e de descanso, pois durante a caminhada não há nenhum tipo de assento ou parada.
Silvio Cybulski, proprietário do Hotel Village, propôs ao secretário municipal de Turismo, Carlos Hugo Chaves, a organização de passeios com grupos de escolares.
Antes de chegarem à Vila Velha, os estudantes conheceriam um hotel da cidade, no qual seria servido um café da manhã. Na seqüência, o grupo visitaria o parque. De acordo com ele, a ação visa que as crianças conheçam a realidade de sua cidade, sabendo fornecer informações ao turista. ?Tem gente que mora aqui em Ponta Grossa há mais de vinte anos e, às vezes, não sabe informar sobre um hotel na cidade?.
Representante do Grupo Ecológico dos Campos Gerais, Débora Souza Oliveira, que também participou do passeio, comentou sobre a falta de atividades que visem a conscientização de preservação e conhecimento da fauna e flora local. ?Seria necessário realizar atividades que envolvam desde as crianças aos idosos. Há muita coisa boa para se fazer no parque, basta unir forças e trabalhar com o potencial que tem ali, que não é pouco?, observa a ecologista.
Após a visita do dia 25 de março, o SHRBS voltará a se reunir com a Prefeitura de Ponta Grossa para apresentar uma análise completa do encontro e apontar ações que venham a auxiliar na divulgação e melhoramento do Parque Estadual de Vila Velha.