Geografia faz do Equador um belo destino

Um dos símbolos mais charmosos do Equador, por ironia, acabou levando o nome ?Panamá?. O que também pode ser interpretado como um gesto de generosidade, já que os elegantes chapéus de palha alvíssima (a palma de paja toquilla) eram enviados aos trabalhadores indígenas durante a construção do canal, para protegê-los do sol. Mas são tantos os títulos de grandeza do país que o caso do chapéu ficou até modesto.

Embora pequeno, o Equador tem a geografia mais variada entre os países da América Latina, com suas cordilheiras andinas, planícies tropicais costeiras, sua bacia amazônica e as Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico. No ranking dos países mais biodiversos, o Equador – que se orgulha também de sua latitude zero – aparece na 17.ª posição, com mais de 11% de todos os vertebrados terrestres no mundo (mamíferos, aves, anfíbios e répteis), 16.087 espécies de plantas vasculares e cerca de 600 espécies de peixes de água salgada.

Parque Nacional Machalilla guarda praias virgens e bosques úmidos.

Por sua localização, é um país de clima temperado durante todo o ano, o que pode não significar muito na hora de fazer as malas, especialmente para as mulheres. Mas o clima é ameno, fresco, com poucos picos de calor ou frio extremos (a não ser que você vá até picos também extremos).

Para viajantes brasileiros, o espanhol falado ali não tem o pior dos sotaques. É fácil se virar (exceto se você resolver tentar entender a língua dos índios, o quíchua, falada no Império Inca). Muito da cultura ancestral ainda está presente, mesmo que nos altares das igrejas na capital Quito, construídos à força, a mando dos espanhóis, com o ouro indígena.

Quito, aliás, costuma ser o ponto de partida para desbravar os vulcões na ?avenida? que segue montanha adentro com uma paisagem de tirar o fôlego. Magnânimos, o Chimborazo, com 6.310 metros de altura, e o Cotopaxi, com 5.897 metros, são apenas dois de pelo menos dez vulcões da rota, que pode ser feita também de trem.

As grandes altitudes podem ter seus contras: são dois dias, pelo menos, para o corpo se acostumar. Por isso, todo cuidado é pouco. Embora a comida seja rica em carboidratos e, de certa maneira, leve, é bom não exagerar e seguir o conselho dos andinos: um bom chocolate quente, combinado com uma aspirina (se você não for alérgico), é o melhor dos remédios. (AE)

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