Fim do bilhete em papel para passagens aéreas

(AE) – O fim dos bilhetes aéreos emitidos em papel já estava anunciado desde o início da década passada, quando o tíquete eletrônico (ou e-ticket) surgiu no mercado e, aos poucos, se mostrou mais prático e econômico. A grande notícia é que agora a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, em inglês) decidiu acabar de vez com essas passagens e já marcou até data para a mudança: 31 de maio.

De acordo com a determinação da Iata – entidade que representa companhias aéreas do mundo todo -, as empresas do setor devem operar exclusivamente com o tíquete eletrônico a partir de junho. ?O bilhete físico era um documento de transporte que funcionava como um cheque?, explica Filipe Pereira dos Reis, gerente-geral da Iata no Brasil. ?Agora, você pode estar em um táxi a caminho do aeroporto e comprar uma passagem pelo celular?. Segundo a associação, os e-tickets já são maioria no País – e apenas 15% das passagens ainda envolvem papel.

A TAM, por exemplo, só emite o bilhete no formato antigo em algumas rotas internacionais operadas com outras companhias aéreas. Já a Air France e a KLM vinham adotando um esquema diferente: todos os tíquetes eram eletrônicos, mas o cliente poderia conseguir uma passagem de papel pagando uma taxa extra de cerca de US$ 25 (R$ 43,98).

Empresas aéreas e passageiros serão beneficiados com a medida, segundo a Iata. Para as companhias, a grande vantagem será a redução de custos. ?Estimamos que os e-tickets vão permitir uma economia global de pelo menos US$ 3 bilhões por ano?, afirma Steve Lotts, do Departamento de Comunicação do escritório da Iata nos Estados Unidos. De acordo com ele, gasta-se US$ 10 para fazer uma passagem de papel. Já o bilhete eletrônico sai por menos de US$ 1.

A determinação também provocará mudanças na rotina de trabalho nas empresas. Os funcionários que ficavam responsáveis por juntar os canhotos, por exemplo, poderão ser melhor aproveitados em outras funções. Os passageiros só têm a ganhar. O e-ticket reduz o risco de fraude e o cliente não precisa se preocupar com eventuais perdas do bilhete de papel. Sem falar que o viajante pode usar o bilhete eletrônico para fazer o check-in sem sair de casa, pela internet, evitando as filas nos guichês dos aeroportos.

Os que não se sentem à vontade quando o assunto é tecnologia não precisam se preocupar. Ao contrário do que muitos pensam, o e-ticket não é vendido apenas pela internet. Há a opção de fazer a compra pelos call centers das empresas e em agências de viagem. ?O e-ticket mantém todas as informações que estavam no papel, mas em um formulário eletrônico?, diz Steve Lotts. 

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