Conheça o mundo pelo cartão-postal

Da Torre Eiffel, na França, ao Angkor Wat, no Camboja. Das alpacas e lhamas chilenas aos pandas chineses. De pinturas renascentistas a imagens de fotógrafos renomados. Viajar pelo mundo é, além de conhecer os principais pontos turísticos, familiarizar-se com os costumes locais e personalidades de cada cidade. Mas, e quando o desejo e a sede de conhecimento por lugares distintos são maiores do que o tempo e a disponibilidade para viajar?

Pensando nisso, uma equipe de Portugal decidiu utilizar a internet como ponto de partida para aproximar pessoas de lugares distintos e possibilitar descobrir os encantos de cada parte do mundo. Tudo isso por meio do envio de cartões-postais pelo correio.

Numa época em que a rapidez na comunicação é a palavra de ordem e que cada vez menos pessoas precisam recorrer ao correio para se comunicar com quem quer que seja, uma ideia vem ganhando milhares de adeptos pelo mundo afora. É o Postcrossing, sistema criado para a troca de cartões-postais entre desconhecidos de diferentes países.

Tudo começa pela internet. No site www.postcrossing.com é possível se cadastrar e virar um novo membro. De forma fácil, o usuário requisita um endereço, pelo site, para o qual deve enviar um postal. Assim que o postal chega até o destino, quem o recebe registra a chegada no site e é a vez de quem enviou receber um postal em casa.

Segundo os organizadores do Postcrossing, o elemento surpresa que chega pela caixinha do correio e o fato de você sequer imaginar de onde vai chegar o próximo postal são os fatores que mais atraem na brincadeira. Hoje já são mais de 112 mil membros de 196 países no Postcrossing, com média de 250 postais enviados por hora, em diversas partes do mundo.

Todo esse sucesso alcançado pelo Postcrossing ainda surpreende o idealizador do site, o português Paulo Magalhães. “Nunca imaginei que o projeto teria um dia esta dimensão. Tudo começou como uma brincadeira, algo que fazia nos tempos livres. Pouco depois de ter lançado o site e de apenas ter dito aos amigos sobre ele, estes foram passando a palavra e rapidamente começaram a surgir membros de outros países”, lembra.

O projeto começou a partir do hobby que Magalhães adorava. Com o crescimento do projeto, a brincadeira virou coisa séria, para a qual Magalhães dedica boa parte do seu dia.

“Sempre gostei de trocar postais com os amigos. No entanto, descobri que tão ou mais importante do que quem enviou o postal é de onde ele vem. Sabia que havia mais pessoas com o mesmo gosto e com quem queria trocar postais, mas como juntar pessoas que ainda nem se conhecem? Foi aí que surgiu a ideia do Postcrossing como plataforma online para esta troca de postais global”, explica.

Outro atrativo do site é a organização e a facilidade de encontrar informações como mapas, gráficos, dias que o postal levou para chegar até o destinatário, milhas percorridas, quantidade de postais enviados e recebidos e estatísticas sobre a brincadeira.

O Brasil tem mais de 4,4 mil pessoas cadastradas e quase 55 mil cartões-postais já enviados. A maior parte dos adeptos atuais do Postcrossing são finlandeses, seguidos por norte-americanos e alemães.

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