Vírus de computadores assustam indústrias do ramo

Nomes importantes da indústria da informática e autoridades testemunharam perante o subcomitê de tecnologia da Câmara dos Deputados americana sobre como proteger os sistemas informatizados contra o ataque de vírus de computador. As observações feitas por esses especialistas chegam num momento em que os profissionais de computação lutam para prevenir o ataque de uma possível nova versão do vírus Sobig, e a Microsoft anuncia a descoberta de novas vulnerabilidades no sistema Windows.

A fim de reprimir futuros ataques, o subcomitê, presidido pelo deputado federal americano Adam Putnam, reuniu três painéis de representantes da polícia, das empresas de segurança e da indústria de informática, incluindo nomes como Microsoft, Cisco e Symantec. Entre as soluções propostas estão a criação de novos padrões para a produção de software seguro, a criação de um projeto de educação em ética digital para crianças, a alocação de mais recursos para o treinamento em computação forense e a criação de protocolos para a troca de informações que poderão ajudar a capturar criminosos internacionais.

Mas talvez a proposta mais polêmica tenha vindo de John Schwartz, COO e presidente da empresa de tecnologia antivírus Symantec, que sugeriu a criação de uma lei criminalizando a troca de informações e ferramentas na internet que possam ser usadas por autores de vírus e hackers maliciosos. Os criminosos digitais normalmente aprendem uns com os outros e compartilham ferramentas e código em sites especializados. Se o tráfico dessas informações for ilegal, argumenta Schwartz, o número de ataques será reduzido. Ele não disse, porém, como os legisladores poderiam diferenciar as informações maliciosas daquelas necessárias às pesquisas legítimas na área de segurança, nem discutiu um possível prejuízo de uma legislação como essa à liberdade de expressão.

Schwartz destacou que cerca de 450 novos vírus e variações são identificados a cada mês. A velocidade dos ataques cibernéticos também aumentou dramaticamente, com uma janela de oportunidade cada vez menor entre uma ameaça e outra para que os usuários instalem as últimas atualizações de segurança.

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