Supercomputador de baixo custo desafia Japão

Um supercomputador “doméstico” de baixo custo se tornou o mais novo integrante da feroz disputa entre grandes grupos americanos e japoneses para montar máquinas ultravelozes capazes de bilhões de cálculos por segundo. O desafio aos gigantes da informática como a IBM americana e a Nec japonesa, até agora líderes na corrida pelo processador mais poderoso, foi lançado por um grupo de técnicos e estudantes do Instituto Politécnico da Virgínia.

Conectando 1,1 mil computadores pessoais Apple, à venda em qualquer loja, a equipe conseguiu montar uma máquina capaz de competir em velocidade com “monstros sagrados” como o supercomputador japonês Earth Simulator, até agora o mais rápido do mundo, realizando 35,8 bilhões de operações por segundo.

O Earth Simulator, no entanto, custa US$ 250 milhões, cerca de 25 vezes mais que o investido pelo Instituto Politécnico da Virgínia, que gastou US$ 5 milhões para adquirir os 1,1 mil computadores. Operando em conjunto, as máquinas se transformaram num supercomputador capaz de realizar 7,4 bilhões de operações por segundo.

Além do Earth Simulator, os únicos computadores capazes de operar acima dessa velocidade são o do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos EUA, destinado ao projeto de armas, e o do Lawrence Livermore National Laboratories. Estas máquinas fazem mais de 7,6 bilhões de operações por segundo, mas custam entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões.

Além do preço, há também a questão de espaço. O Earth Simulator ocupa uma área correspondente a quatro quadras de tênis, e o supercomputador do Lawrence Livermore está abrigado num prédio do tamanho de um ginásio. Além disso, as 1,1 mil máquinas do instituto, ligadas em rede, estão distribuídas em salas de aula e laboratórios.

O supercomputador da Politécnica já foi experimentado com sucesso pelo professor da Universidade do Tennessee, Jack Dongarra, que prepara uma lista anual dos melhores 500 computadores do mundo.

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