Meteoro não matou dinossauros sozinho, aponta estudo

O meteoro de Chicxulub, no México, pode não ter sido o ator principal no drama da extinção dos dinossauros, de acordo com uma equipe de paleontólogos. Eles argumentam que diversos outros impactos, como um grande pico na atividade vulcânica e mudanças climáticas, levaram ao final do Período Cretáceo.

O impacto de Chicxulub, de fato, pode ter sido um evento menor e bem anterior à série de meteoros e erupções vulcânicas que atingiram a Terra por mais de meio milhão de anos, dizem a paleontóloga Gerta Keller e uma equipe de colaboradores. Um impacto final e ainda não identificado, há 65,5 milhões de anos, parece ter sido a gota d’água, exterminando dois terços de todas as espécies existentes então.

Este misterioso impacto final seria ainda, segundo Keller e colegas, o responsável pela camada de irídio de origem extraterrestre encontrada em rochas de todo o mundo, e que marca o fim da era dos grandes lagartos. "O impacto de Chicxulub não poderia ter causado a extinção em massa", diz a pesquisadora, da Universidade Princeton. "Porque esse impacto é muito anterior à extinção em massa e, aparentemente, não causou extinções".

Os resultados de Keller serão apresentados no Encontro Anual da Sociedade Geológica dos EUA, ao longo desta semana. De acordo com Keller, escavações recentes mostram que o meteoro de Chicxulub atingiu a Terra 300.000 anos antes da extinção dos dinossauros.

A história parece ser que Chicxulub atuou juntamente com uma série de erupções vulcânicas, ocorridas na Índia, e com uma mudança climática global para pôr a vida na Terra à beira do abismo – no qual as espécies foram jogadas pelo segundo impacto, ainda não identificado.

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