Imagens para exportação

Depois de liberar o acesso gratuito ao catálogo do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-2), o Brasil tornou-se o maior distribuidor de imagens de sensoriamento remoto em todo o mundo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 28 de junho de 2004 a 21 de janeiro de 2005, foram distribuídas 57.268 imagens.

Depois de atingir tais números, a Agência Espacial Brasileira (AEB) pretende adotar este ano uma política de comercialização das imagens feitas pelo CBERS-2, lançado em outubro de 2003 em parceria com a China. A idéia é que os países interessados possam acessar imagens a partir de estações de recepção instaladas no exterior.

"O satélite terá uma programação de bordo que enviará as imagens para os países que se filiarem ao serviço. Será possível baixar tudo o que estiver no raio de ação da antena de cada cliente", explicou Carlos de Moura Miranda, diretor do Inpe, à Agência Fapesp. "Para isso, será cobrada uma taxa única no valor de US$ 240 mil por ano. A receita será dividida meio a meio entre o Brasil e a China."

O CBERS-2 gera imagens com resolução a partir de 20 metros, utilizadas para cartografia, monitoramento ambiental de grandes áreas, vigilância, defesa, avaliações agrícolas, uso dos solos, avaliação de biomas e controle do impacto ambiental. "Doze países já demonstraram interesse pelas imagens do satélite, envolvendo basicamente todos os continentes", conta Miranda.

Atualmente, o uso das imagens do CBERS-2 está restrito ao Brasil e à China. Os arquivos podem ser acessados de acordo com diferentes modos de busca: por satélite, sensor, data, município, órbita, região ou por meio de navegação gráfica.

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