?Fotologs? conquistam internautas

Todo fotógrafo, seja ele amador ou profissional, quer ter suas fotos vistas e comentadas. Com a popularização dos sites de publicação e compartilhamento de imagens pela internet, mais conhecidos como "fotologs" ou "flogs", isso nunca foi tão fácil. Conjunção das palavras foto e blog, o termo "fotolog" se popularizou entre os internautas depois que o serviço pioneiro Fotolog.net (hoje Fotolog.com) foi lançado em meados de 2003. Hoje, o site é uma das maiores comunidades de postagem de imagens (é assim que o ato de colocar um conteúdo pessoal na web é chamado) do planeta.

A idéia, como o próprio nome sugere, foi unir o conceito dos blogs à popularização das câmeras digitais. Ou seja, oferecer ferramentas para que qualquer internauta crie em poucos cliques uma página na web onde possa publicar suas imagens. Atualmente muitos sites disponibilizam serviços nesses moldes.

Dentro desses ambientes, usuários do mundo todo exibem imagens de si mesmos ou de seus cotidianos, quase sempre acrescidas de textos que podem ser explicativos ou simplesmente expressar um estado de espírito. E as possibilidades para quem quer explorar esse universo são praticamente infinitas. Dá para divulgar um projeto fotográfico pessoal, compartilhar fotos de viagens e festas ou simplesmente postar imagens captadas aleatoriamente com a câmera digital. A verdade é que, para quem pega gosto pela coisa, "flogar" logo se torna um hobby viciante.

Além da possibilidade de postar fotos com facilidade, uma outra característica bastante comum à maioria dos sites de fotologs é que eles funcionam como redes de relacionamento. Ou seja, cada pessoa pode estabelecer laços de amizade com outros usuários da comunidade, como no Orkut. A estratégia pode ser eficaz para incrementar o número de visitas à sua página.

Tipos de sites

Nos sites que seguem o modelo estabelecido pelo Fotolog com, o processo de postagem é quase sempre parecido. Basta criar uma conta, escolher um visual para o site (basicamente a cor ou desenho que estará no fundo da tela) e começar a postar. Para isso, é necessário ter uma máquina fotográfica digital ou um telefone celular equipado com câmera. Se a foto já estiver no computador, é só escolher a opção "upload", procurar pela imagem que se quer publicar, escrever um texto e confirmar. Alguns sites podem receber imagens diretamente do celular.

Embora quase todos os serviços ofereçam versões gratuitas, quem faz essa opção deve estar ciente de que terá algumas restrições. Na maioria dos casos, há um número reduzido de fotos que podem ser postadas por dia (geralmente uma) ou um limite mensal no espaço para armazenamento das imagens.

Outras restrições comuns: número pequeno de comentários permitidos e tempo limitado para a troca da imagem após a postagem. Os fotologs também não servem para arquivar permanentemente as imagens, pois, em alguns casos, as fotos mais antigas podem ser apagadas para dar lugar a novas.

Alguns serviços também oferecem a opção de elaborar um perfil em que o internauta pode falar sobre si, além da possibilidade de criar links para fotologs favoritos. Na maioria das vezes, no entanto, só é possível escolher entre os usuários do mesmo serviço.

"Comecei com o Fotolog para divulgar alguns desenhos que eu fazia. Mas chegou um momento em que as pessoas pediam para conhecer o rosto por trás dos desenhos. Aí resolvi postar imagens minhas", diz o flogueiro Joe Brunetto. O jovem de 17 anos diz preferir os sites que contam com algum tipo de proposta artística. E critica o que chama de fotologs "3×4", numa referência às centenas de diários em que o usuário divulga imagens de si mesmo ou amigos e familiares em poses que considera pouco criativas.

A verdade, no entanto, é que são esses os sites mais comuns entre os fotologs brasileiros. Mas, com a evolução dos serviços de publicação de imagens, torna-se cada vez mais comum o surgimento de fotologs em que as fotos veiculadas tratam de temas variados, indo muito além dos já tradicionais auto-retratos e fotos de amigos.

É o caso do Flickr (www.flickr.com), uma comunidade de compartilhamento de imagens que começa a ser bastante explorada por brasileiros. Lá, são comuns sites de fotógrafos que procuram veicular imagens de lugares inusitados, paisagens e cenas cotidianas, sempre com um ar mais próximo do registro "profissional".

O Flickr tem versões grátis. Essas versões aceitam o eqüivalente a 20 MB (megabytes) de fotos por mês – de 20 a 50 fotos, dependendo da resolução. Por isso, uma boa dica é reduzir a resolução das fotos (quanto maior a resolução, mais bytes) antes do envio, uma vez que elas serão visualizadas principalmente na tela do computador.

Outra característica importante do Flickr é a capacidade de restringir a visualização das fotos apenas a pessoas escolhidas pelo usuário, por meio de uma autorização. Assim, é possível criar uma espécie de álbum fotográfico virtual e exibi-lo para os amigos.

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