Etiqueta inteligente deve ser adotada em 2005

Considerado o ?código de barras? do século 21, a etiqueta inteligente (ePC ? eletronic Product Code) deverá se tornar uma realidade no mercado mundial já em 2005. É a partir desta data que grandes fabricantes e varejistas internacionais, entre eles Wal-Mart, Gillette e Procter & Gamble, prevêem a adoção em paletes, caixas de embarque e produtos. O anúncio foi feito por Pat Rizzotto, vice-presidente de Global Customer Initiative da Johnson & Johnson, na palestra ?Etiqueta inteligente ? Visão de futuro?, no o 3º Congresso ECR Brasil, realizado em São Paulo e encerrado ontem. Na avaliação de Rizzotto, é um exemplo do rápido desenvolvimento da tecnologia.

É o caso da norte-americana Wal-Mart, maior rede de varejo mundial, que já realiza testes piloto em seus centros de distribuição nos EUA. Recentemente, a rede de supermercados anunciou que, a partir de janeiro de 2005, seus cem principais fornecedores deverão enviar os produtos já equipados com a etiqueta. Na Europa, grandes redes como Metro (Alemanha) e Tesco (Reino Unido) também desenvolvem projetos piloto com a etiqueta não só nos armazéns, mas também nas lojas.

Esses testes são realizados em colaboração com fabricantes internacionais, como Procter & Gamble (P&G), Gillette e Johnson & Johnson, que estão entre as pioneiras na concretização da tecnologia. Dick Cantwell, vice-presidente de Worldwide Beauty Care Products da Gillette, destacou que os testes de monitoramento e inventário realizados pela P&G e Sam?s Club (Wal-Mart) mostraram que tanto a etiqueta, quanto o sistema de leitura funcionam sem maiores problemas.

A Gillette, que adquiriu 500 milhões de etiquetas inteligentes em 2003, além de também realizar testes em seu centro de distribuição nos EUA, mantém projetos piloto com o uso da etiqueta nas gôndolas de supermercado da rede Tesco, principal varejista do Reino Unido. ?Com a tecnologia, a gerência da loja pode monitorar em tempo real cada produto que sai da gôndola, permitindo fazer a reposição automaticamente e evitando a falta de itens?, ressalta. Todo o sistema também está ligado a um circuito interno de TV, o que também permite prevenir eventuais furtos. ?O varejista pode programar a gôndola para calcular a taxa de venda por hora. Assim, se uma pessoa pegar um número de produtos acima da média normal de consumo individual, a segurança pode verificar imediatamente, pelo monitor, se se trata de um consumidor que está se abastecendo ou de alguém furtando a loja?, afirma Cantwell. Segundo o executivo, a perda ocasionada por furtos e roubos representa 15% do total de perdas anuais da Gillette.

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