Aumenta número de fraudes online no Brasil

As fraudes na internet estão crescendo assustadoramente neste ano em que esse meio de comunicação bate novos recordes, com 14,1 milhões de usuários residenciais no mês passado e um tempo médio que atingiu 19h24 minutos, perdendo apenas para os franceses – que bateram recorde de uso de 19h28 minutos, explicados pelo notíciário e os protestos em torno da lei do primeiro emprego (CPE), que mobilizou os jovens daquele país. Os dados são de pesquisa Ibope/NetRatings em parceria com o Comitê Gestor da Internet (CGI.br).

Mas para o CGI.br, o que mais preocupa foi o fato de terem sido registradas 12.099 notificações entre janeiro e março ante a 2.213 no mesmo período do ano passado. As fraudes representaram 43% do total de incidentes relatados, seguidas de scans (31%) e de worms (23%). Entre os scans reportados, as varreduras a procura de senhas fracas foram maioria.

As maiores incidências de fraudes ocorrem no setor financeiro, apesar do gasto de US$ 18 bilhões dos bancos em tecnologia da informação (TI), segundo recente levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), elaborado pela Fundação Getúlio Vargas.

Os portais e endereços na internet que mais atraíram os brasileiros neste primeiro trimestre foram os de "Viagens e Turismo", que registraram 3,1 milhões de usuários, um crescimento de 48% em relação a fevereiro. "O crescimento da categoria pode ser explicado por uma série de fatores: o dólar barato, o elevado número de promoções das empresas áreas e a Copa do Mundo, que estimula a busca de informações sobre pacotes turísticos para o evento", diz Marcelo Coutinho, diretor-executivo do IBOPE Inteligência.

Coutinho já observou que a internet, pela sua agilidade de ser um meio de comunicação em tempo real, está sempre sintonizada com os fatos e o momento. Se o período é de férias, os serviços de turismo crescem. É isso que explica também a liderança que os franceses assumiram em março no tempo de uso da internet residencial, na maioria dos casos para se informar de protestos à lei do primeiro emprego ou assinar manifestos.

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