Dia de boteco exclusivo para mulheres em Curitiba

Ir ao bar, para tomar uma cerveja com os amigos e discutir sobre futebol e mulheres, é quase uma tradição para muitos homens. Mas quem disse que mulher também não pode encontrar as amigas num boteco para um bom batepapo? Esta é a proposta do Terapia de Bar, encontro exclusivamente feminino para comer e beber bem, fazer amizades, assistir apresentações e ainda receber alguns mimos.

A ideia de duas curitibanas, Jennifer Schewtschik e Rosângela Serena, fez tanto sucesso que já chegou à terceira edição, realizada no último dia 21 no Bar da Brahma. Antes do evento, 70 pessoas já tinham confirmado presença – isso sem contar as que decidiram ir de última hora. Na programação, estava incluído jantar, massagens de relaxamento, uma apresentação de stand-up comedy com a humorista Bruna Louise e sorteios de brindes, como joias, passeio de limusine e a consultoria de uma especialista para organizar a casa.

Divulgação
As sócias Jennifer e Rosângela são as responsáveis pelas reuniões femininas, fazendo a felicidade da mulherada.

A intenção do Terapia de Bar é proporcionar às mulheres um momento só delas, em que possam conversar, comer e beber bem, fazer amizades e descontrair. “A gente trabalha, é dona de casa, mãe de família e acaba deixando de lado a si mesma. O Terapia proporciona mimos, massagens, brindes, shows; além de estar em um restaurante bebendo e comendo bem”, comenta Rosângela.

O pontapé inicial do Terapia de Bar, segundo Jennifer, partiu do marido dela. “Eu tinha várias amigas que, quando estavam com problemas, me ligavam para conversar. A gente ia em um bar ou na igreja e eu acabava fazendo uma ‘terapia’ com elas”, conta. O esposo de Jennifer ficava bravo e, um dia, sugeriu que, se ela gostava tanto de fazer isso, ao menos que lucrasse com o hobbie. Como é empresária, não demorou a surgir a proposta e logo ela convidou a parceira de bares para dar início ao projeto.

Rosângela se empolgou tanto que deixou o emprego estável como funcionária pública para se dedicar ao Terapia de Bar. “A gente teve uma reunião na sexta-feira. Na segunda, eu deixei o emprego e na terça já estava iniciando”, revela Rosângela. Se ela se arrepende de ter deixado o antigo trabalho? “De maneira alguma, eu estou amando. Olha só essas mulheres felizes, essa é a ideia”, responde.

As primeiras edições do Terapia de Bar foram um sucesso. O primeiro evento, que aconteceu em setembro deste ano, era destinado para 40 mulheres, mas acabou ultrapassando esse número. “A gente teve que pegar pufes, porque as amigas que fizeram a inscrição trouxeram outras amigas e a gente não podia falar pra voltar, né?”, conta Rosângela. Na última edição, agora em novembro, 70 mulheres confirmaram presença. O custo por participante foi de R$ 50, com bebidas à parte.

De acordo com Jennifer, a proposta do Terapia de Bar vai além de proporcionar relaxamento e diversão para as mulheres. “A gente quer proporcionar cultura, por isso vamos diversificar os locais e as atrações. Vamos trazer psicólogos para conversar, palestras, e também a troca de experiências entre elas amplia a cultura”, afirma Jennifer.

Se os encontros dos homens são famosos pelas conversas sobre futebol e mulheres, qual o assunto principal nas rodinhas de mulheres? Rosângela e Jennifer são unânimes: homens, claro. “Isso é bacana porque elas percebem que todas têm problemas e dessa troca acabam melhorando. É fantástico”, diz Rosângela.

Elas aprovaram

A administradora Ana Maria Lourenço Rosa, de 33 anos, gostou tanto do Terapia de Bar que repetiu a dose. Ela ficou sabendo do evento através da rede social Facebook e ficou interessada para saber como seria. “Foi maravilhoso, porque você conhece pessoas, tem massagem, ,tem palestra. E é um ambiente onde você se sente à vontade”, conta. Outro ponto positivo de estar só entre mulheres, para Ana Maria, é que desperta menos ciúmes no marido. “Em um bar onde tem homens, a pessoa fica mais enciumada”. Além da descontração, a administradora afirma que é possível fazer contatos profissionais no evento. “Tem várias mulheres que são empresárias, então dá para trocar cartões”, diz.

Para a coordenadora comercial Carla de Bona, de 29 anos, ter um momento só dela, sem o marido, é importante. “É um ambiente divertido e um negócio mais reservado, porque quando a gente vai em um bar com ambos os sexos a pessoa fica desconfiando”, comenta.

“Foi uma super-ideia, é uma proposta sensacional para a mulherada se encontrar”, afirma Ariane Rodrigues, de 32 anos. Ela conta que, devido ao trabalho, geralmente não tem tempo para se encontrar com as amigas, e que o evento proporcionou essa oportunidade. A jornalista Fabiane Tombely, de 28 anos, diz que as amigas que estão namorando têm saído pouco com ela e que o Terapia de Bar pode ser uma chance de convencê-las, já que não há motivo para os namoradores terem ciúme.

Serviço

O próximo Terapia de Bar está marcado para o dia 9 de dezembro, em local ainda não confirmado. Mais informações no site do Terapia de Bar.

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