Tempo

Setembro já está terminando e o final dos campeonatos está próximo. Há uma realidade real e outra virtual. Não se enfrenta a real porque se busca proteção no princípio de que há tempo para tudo. No caso do nosso futebol, para o Atlético voltar à Primeira Divisão e o Coritiba não ser rebaixado para a Segundona. No futebol não pode se confiar no tempo. Ele é traiçoeiro. Quando se pensa que existe, já se esgotou.

Ouvi de Drubscky, que está treinador no Atlético, que o jogo contra o Ceará é importante, mas não decisivo. Não sei qual é a sua referência para fazer preponderar o decisivo do importante. Presumo que seja o tempo, no caso, os jogos futuros. Poderia ter razão o treinador, se o Atlético tivesse condições de depender apenas de si. Na primeira vez que dependia de si para ficar na zona de subida, o Furacão perdeu em Goiás.

No Coritiba, o equívoco é o mesmo. Talvez, mais grave. E que não é só o treinador que entende existir tempo para reagir, mas todos. Pode ser que se esqueçam do tempo, se o time fracassar em Recife, contra o Sport. Perdeu-se tanto tempo, que os 90 minutos de Recife podem se eternizar para os Coxas.

Perguntarão: e o Paraná? Ele está quietinho no seu canto. Deixem-no em paz.

Sucesso

Posso ter um sentimento equivocado, mas Gilson Kleina, contratado pelo Palmeiras, deve ser no futuro, a referência de treinador nascido em Curitiba. Levir Culpi ficou rico, mas perdeu nos momentos mais importantes de sua carreira. A marca da perda do título brasileiro de 2004 pelo Atlético não se apaga. O mais inteligente taticamente é Cuca, hoje no Atlético Mineiro. No entanto, falta um elemento que nem ele próprio descobre. Destacou-se mais como salvador do que vencedor. Adilson Batista quis apressar o passo. Não sofreu na carreira. Ainda é jovem, mas já dirigiu Santos, Cruzeiro, Grêmio, Corinthians, São Paulo e Atlético Paranaense. Título nacional de expressão não conseguiu.

Gilson Kleina é como o Capitão Hidalgo diz: “Pegou o bastão lá em baixo, nego!”

Aprendeu o que é futebol e o que é a vida.